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Toyota no Japão

Dirigentes sindicais buscam novos investimentos para o Brasil

Em visita à sede mundial da Toyota, no Japão, presidente do SMetal, Leandro Soares, reafirma o compromisso do sindicato de buscar investimentos

Imprensa SMetal
Divulgação
A comitiva visitou a sede da União dos Trabalhadores na Toyota. Também conheceu as fábricas de Tahara e de Toyota.

A comitiva visitou a sede da União dos Trabalhadores na Toyota. Também conheceu as fábricas de Tahara e de Toyota.

Para buscar novos investimentos para as unidades da Toyota de Sorocaba e de São Bernardo do Campo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares viajou junto com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Firmino de Santana ao Japão, na semana passada.

Além deles, também integraram a comitiva os representantes sindicais (CSE´s), de Sorocaba, Robson Lopes dos Passos (o Paraná) e o do ABC, Almiro Silva Cruz (Miro).

“É uma prática da Toyota do Japão levar dirigentes de sindicatos de vários países para se aprofundarem no conhecimento sobre o sistema Toyota de produção. Foi uma experiência rica para compararmos as realidades dos trabalhadores do Brasil e do Japão”, afirma Leandro.

De acordo com Leandro, além da visita à empresa a comitiva conheceu também o sindicato da Toyota (União dos Trabalhadores na Toyota). “Lá, é sindicato por empresa, não por categoria”, explica. Leandro destaca também que diante do conceito do Toyota Way (de construir um relacionamento de confiança e respeito mútuos entre empresa e sindicato) reafirmou-se o compromisso do sindicato, de diálogo para a construção, a médio e longo prazo, de novos investimentos.

Em relação à representatividade, o presidente do SMetal explica que “o sistema é por empresa e é bem diferente do nosso. Para ser membro do sindicato é preciso ter cargo de chefia. Fora isso, as eleições são parecidas. Elegem-se os membros da direção executiva, depois os membros da direção e depois os militantes. Os membros da executiva tem mandato de dois anos e os representantes sindicais das fábricas, de um ano”, comenta.

No total, as onze plantas da Toyota, no Japão, tem 68 mil metalúrgicos e só na unidade de Tahara –visitada pela comitiva – são oito mil. Com uma logística que a favorece essa unidade da montadora fica ao lado de um porto, onde os automóveis já saem direto para um navio atracado.

Durante a campanha salarial há uma interação entre as plantas, que formam um comitê para as negociações no período de três meses.

“No caso, Wagner defendeu a vinda de um novo produto para a fábrica da Toyota, em São Bernardo e para que seja retomada a montagem de um carro. No nosso caso, em Sorocaba, defendemos a fabricação de novos modelos para garantir os empregos existentes e pela criação de novos”. Durante a visita os dirigentes discutiram com os empresários japoneses a expansão da unidade de Sorocaba, citando o novo modelo que terá produção com foco em 2018 e a questão do Corola, que deixou de ser fabricado por conta da crise do país.

“O importante é expandir a produção da montadora e, consequentemente, ampliar a economia regional”, destaca Leandro.

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