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Luta pelo emprego

Dirigentes do SMetal participam de passeata contra o fechamento da Ford

A luta é por garantia ao emprego, com qualidade e pelo compromisso social da montadora com os trabalhadores, que produzem as riquezas

Imprensa SMetal
Izidio de Brito
Trabalhadores lutam para manter os empregos. Se a fábrica for desativada pode repercutir em Sorocaba e região (SMetal)

Trabalhadores lutam para manter os empregos. Se a fábrica for desativada pode repercutir em Sorocaba e região (SMetal)

Diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participam, nesta terça-feira, dia 26, da passeata em São Bernardo do Campo contra o fechamento da Ford. Mesmo sob chuva, a manifestação começou às 7h com uma assembleia e segue em passeata pela cidade.

O secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, os diretores João Farani, Wagner Bueno (Sorveteiro), Francisco de Assis da Silva (Mexicano), Edgar Cirilo dos Santos, Samuel Morais da Costa, Nelson Navarro e Ademilson Terto da Silva, que também é o coordenador da subsede da CUT, saíram do Congresso da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT), para prestar solidariedade à luta dos metalúrgicos por postos de trabalhos.

“Esperamos a mobilização de toda a sociedade porque queremos emprego de qualidade e o compromisso social para quem tanto contribui para a riqueza dessas empresas”, ressalta Izídio.

Uma das decisões dos trabalhadores da Ford do ABC é de mobilizar todo o país. Uma das ações é a de não comprar mais Ford até que a montadora decida ficar em São Bernardo”.

Sorocaba e região

Considerando a cadeia produtiva, cerca de 30 mil trabalhadores podem perder o emprego se a Ford não rever a decisão de desativar a fábrica, anunciada na semana passada. Izídio conta que metalúrgicos de Sorocaba e região também podem ter seus empregos ameaçados. “Somos um dos maiores polos de autopeças do Brasil. Temos a Bosch, Metalac, Dana e outras fábricas na nossa base que fornecem peças para a Ford”, explica.

Em Tatuí, há um centro de testes da Ford, que também pode desaparecer se a montadora fechar. De acordo com o site da própria Ford, esse campo de provas é pioneiro na América do Sul e “realiza mais de 8 milhões de quilômetros de testes por ano para garantir a segurança, conforto, estabilidade e qualidade dos veículos Ford”.

O atual secretário-geral da CUT de São Paulo, João Cayres, 49 anos, critica o governo, nas várias esferas, inclusive locais, por não identificar uma preocupação efetiva com os rumos da economia. O governo de Bolsonaro, observa ele, só se movimenta para aprovar a “reforma” da Previdência. “Enquanto isso, o país, com capacidade para produzir até 6 milhões de veículos, opera com metade dessa capacidade”.

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