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Dirigente do SMetal é reeleito para a Executiva do Conselho Municipal de Saúde

A instância é renovada anualmente e o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, foi reeleito

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Arquivo pessoal

Em 2023, diversas vezes a prefeitura foi notícia negativa sobre saúde.

Eleita anualmente, a Executiva do Conselho Municipal de Saúde contará mais um ano com a participação do secretário de organização do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal), Izídio de Brito, que está nesta função desde 2021, quando a gestão atual foi eleita. 

Izídio explica que até 2022 era o próprio Secretário de Saúde, Vinícius Rodrigues, que presidia o Conselho e, por mobilização da sociedade, outros atores ligados à prestação de serviço e usuários puderam acessar o cargo. Vinícius saiu da presidência do Conselho para ser candidato a Deputado Federal e, em suas redes sociais, se declara bolsonarista.

“Acredito que soubemos dar um bom ritmo para o Conselho, mesmo que nossas propostas não sejam atendidas. Nossa preocupação maior com a saúde da cidade são as contas da prefeitura, já reprovamos duas prestações e a última aprovamos com restrição, por exemplo. No Conselho temos espaço para falar e propor políticas públicas, propomos muita coisa, mas a Secretaria de Saúde não tem nos ouvido, a Prefeitura nos boicota, e perde muito com  isso. Ouso dizer que fiscalizamos melhor do que a própria Comissão de Saúde da Câmara Municipal”, aponta Izídio.

O Conselho é eleito a cada quatro anos e é um espaço de debate, formulação e avaliação das políticas de saúde.

Gestão da saúde pública em Sorocaba

Conforme informações apuradas pelo Portal Porque, diversas promessas de campanha do prefeito Rodrigo Manga em relação à saúde pública não têm sido cumpridas. O compromisso de uma “Cidade da Saúde”, com a expectativa de receber a nova policlínica de especialidades, novas Unidades de Pronto Atendimento e o Hospital Municipal, não tem se concretizado. Além da fila dobrada para exames, consultas e cirurgias eletivas, e a ausência de investimento para políticas de promoção de saúde mental.

Em 2023, diversas vezes a prefeitura foi notícia negativa sobre o tema. Por exemplo, a prefeitura atrasou o pagamento de mais de R$40 milhões de emendas impositivas para a área da saúde. 

Ainda segundo o veículo, em setembro, devido a uma falha na licitação, o Governo Manga deixou faltar o Flixotide, medicamento fundamental para o controle da asma e outras doenças no pulmão. Para resolver o problema do desabastecimento, a Prefeitura passou a pedir doações e empréstimos do remédio.

O prefeito também se envolveu com uma série de escândalos, como a Operação Sépsis, ação integrada entre a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, em novembro de 2023, que investigou indícios de desvio de recursos públicos da saúde, especialmente um caso de corrupção na Unidade de Pronto Atendimento do Éden., conforme apurou o Portal Porque 

No mesmo mês, o Portal Porque denunciou o contrato de R$60 milhões entre a Prefeitura e o Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), organização social que administra a UPA do Éden, sendo um valor 40% maior que o contrato anterior. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo considerou o contrato irregular. Os trabalhadores dessa mesma UPA tiveram o salário referente à dezembro e o 13º salário atrasados, desencadeando em uma manifestação em defesa de seus direitos. 

Diante dessa situação, o Conselho Municipal de Saúde decidiu que a Prefeitura terá que se responsabilizar pelo pagamento da verba rescisória aos trabalhadores da UPA do Éden, bem como garantir a sua recolocação no mercado de trabalho.

Esse não foi o único caso de atraso de pagamento dos trabalhadores da saúde pela Prefeitura. Sem fazer os devidos repasses, deixou de pagar os funcionários do Hospital Santa Lucinda e da Santa Casa. 

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