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Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos vai ao Japão a convite do Grupo Koito

SMetal foi representado pelo secretário-geral da entidade, Silvio Ferreira, que debateu as formas de trabalho sindical no Brasil com representantes do grupo que, em Sorocaba, comanda a empresa NAL do Brasil

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

O trajeto da viagem contemplou as cidades japonesas de Kyoto, Shizuoka, Toyota e Tokyo | Foto: Silvio Ferreira/SMetal

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Silvio Ferreira, viajou para o Japão a convite do Grupo Koito que, em Sorocaba, comanda a empresa NAL do Brasil. A viagem começou no domingo, dia 21, e se estendeu por dois dias, no trajeto estiveram as cidades japonesas de Kyoto, Shizuoka, Toyota e Tokyo. 

Na ocasião, o representante do SMetal abordou as formas de negociação que são aplicadas pelo sindicalismo brasileiro, apresentando as ferramentas e diretrizes que são utilizadas pelo SMetal, em específico, quando o assunto é defender os direitos e benefícios da categoria metalúrgica. 

Além disso, Silvio visitou o centro de desenvolvimento do grupo, localizado na cidade de Toyota, e conheceu os processos de produção que são desenvolvidos dentro desta unidade. O encontro aconteceu no sentido de estreitar laços entre a entidade e os representantes da indústria automotiva japonesa. 

Além do sindicalista, diversas lideranças do Grupo Koito estiveram nas reuniões, entre eles: Katsuyuki (Yuki) Kusakawa, Hiroaki Ishihara, Kazuki Ohno, Ryoichi Iwata, Takayuki Ono, Yasushi Watai, Tadakatsu Nakatsugawa e Masahiro Sugiyama. Do Brasil, o vice-presidente,  Kenji Miyamoto, e o supervisor de recursos humanos, Rodrigo Nishiyama, também acompanharam o secretário-geral do SMetal na viagem.

Outros pontos abordados foram investimentos e possíveis projetos do Grupo Koito para com o Brasil, em especial, Sorocaba. Silvio salientou que a cidade está pronta e disponível para receber investimentos e colocou o Sindicato à disposição para falar do assunto no futuro. Segundo o diretor, houve boa recepção dos líderes do grupo com relação a essa pauta.

“Quando pensamos no processo da indústria sorocabana, queremos que exista sim o aumento da produtividade, mas sempre com ampliação da mão de obra e manutenção dos empregos já existentes”, comenta Silvio sobre a expansão da atividade econômica na cidade. 

Ele também lembra que existem mudanças em curso que precisam ser pensadas. “Não podemos deixar de participar do debate, principalmente pensando nas mudanças tecnológicas e na qualificação/formação dos metalúrgicos. Assim, quando o novo modelo de indústria chegar, nossa categoria estará apta a dominar novas formas de trabalho”, completa.

Luta que ultrapassa fronteiras

Não é a primeira vez que o Sindicato atravessa fronteiras do país para falar sobre emprego, renda e investimentos. Em julho de 2019, o CEO da Toyota América Latina e Caribe, Masahiro Inoue, e o presidente da companhia no Brasil, Rafael Chang, visitaram o SMetal. Na ocasião, os sindicalistas entregaram um ofício solicitando a implantação da plataforma global TNGA na planta de Sorocaba. Essa plataforma potencializa a produção da planta local, garantindo uma gama maior de veículos na sua linha.

Em 2019, SMetal entregou ao CEO da Toyota um ofício defendendo a implantação da plataforma global em Sorocaba | Foto: Divulgação

Dois meses depois, foi a Toyota quem convidou o Sindicato para uma viagem. Com a presença do presidente da entidade, Leandro Soares e de Silvio Ferreira, a companhia anunciou, no Japão, R$ 1 bilhão em investimentos para a planta de Sorocaba. Esse recurso foi destinado para a implantação da plataforma TNGA e a fabricação de um novo modelo no mercado brasileiro, o Corolla Cross.

Toyota convidou representantes do Sindicato para reunião em que anunciou os investimentos | Foto: Divulgação

Essas articulações, inclusive, tiveram impacto na cadeia produtiva do setor em empresas chamadas “sistemistas”. São fábricas que participam de partes de um todo do processo de produção, ou seja, fornecem componentes e materiais que serão utilizados para fabricação de produtos maiores. No caso da Toyota, a chegada da plataforma TNGA, o aumento da produtividade, gerou empregos e mais demandas para as sistemistas. Nesse bojo, pode-se incluir empresas como Kanjiko, Gestamp e a NAL do Brasil.  

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