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Comemoração

Dieese completa 60 anos no próximo dia 22

Para Ademilson Terto da Silva, o Dieese merece ser valorizado pelos sindicatos por dar qualidade e subsídios às negociações e preparar e capacitar os dirigentes

Imprensa SMetal
Divulgação

No final da gestão do líder sindical Wilson Fernando da Silva (Bolinha), de 1983 a 1989 houve a abertura de uma subseção do Dieese no SMetal Sorocaba

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Ademilson Terto da Silva, parabeniza o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) pelo aniversário de 60 anos, que será comemorado no próximo dia 22, e agradece pela contribuição que a entidade dá ao movimento sindical.

“O Dieese é um instrumento importante voltado para a classe trabalhadora. Além de preparar e capacitar os dirigentes sindicais a entidade dá qualidade às negociações. Por isso, é mais do que justo ser valorizada pelo movimento sindical”, afirma Terto.

Criado em 1955 como departamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo diante da necessidade de se ter pesquisas confiáveis sobre o índice de custo de vida, o Dieese foi formado por um grupo de 20 dirigentes sindicalistas paulistas.

O Brasil vivia com inflação alta e situação crítica econômica e social. O movimento sindical precisava de dados econômicos que fossem reais e não camuflados. As lutas dos trabalhadores encontravam a barreira de como comprovar a percentagem que os trabalhadores reivindicavam.

Sob o tripé pesquisa (projetos, índices de custo de vida, pesquisa sobre emprego e desemprego); assessoria sindical nas mesas de negociação e educação, que inclui a Escola do Dieese, a entidade está presente em todos os estados brasileiros.

Em Sorocaba

No final da gestão do líder sindical Wilson Fernando da Silva (Bolinha), de 1983 a 1989 houve a abertura de uma subseção do Dieese dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região com o técnico Aparecido Faria, que durou até a gestão de Geraldo Titoto (1989-1992), com o economista Aluízio Leão, falecido no mês passado.

A subseção só foi reaberta em 2008 em conjunto com os sindicatos metalúrgicos de Itu e de Salto, com o economista Fernando de Lima. Ele conta que, no final de 2010, a subseção ficou apenas em Sorocaba.

O foco da subseção é preparar subsídios para as negociações dos mais variados temas; colaborar na formação dos dirigentes sindicais, além de fornecer informações para a imprensa local.

Terto ressalta a importância da subseção como um instrumento para a negociação das lutas sindicais. “A produção e a atuação da subseção do Dieese Sorocaba mostra com clareza o cenário da categoria e nos coloca numa situação de entendimento sobre as questões que envolvem tanto a fábrica como a sociedade como um todo”, declara.

Fernando lembra que um dos momentos mais marcantes nesse tempo que está como técnico do Dieese em Sorocaba foi o enfrentamento da crise em 2009. “Foi uma batalha para a manutenção dos postos de trabalho e para que a tese da crise não fosse superdimensionada na região”, afirma.

Além do técnico Fernando, a subseção de Sorocaba conta também com o auxiliar técnico André Corrêa Barros.

Palestras, seminários junto à diretoria, plenária com os trabalhadores, são algumas das atividades realizadas pela subseção.

O Dieese é a única instituição que possui o caráter intersindical na área socioeconômica que se tem notícia no mundo. Com papel estatutário de assessorar os interesses dos trabalhadores a entidade é proibida de produzir conteúdo, dados para o setor patronal.

Com direção sindical e direção técnica, o departamento intersindical tem mais de 300 funcionários em todo o país, que incluem sociólogos, estatísticos, economistas, geógrafos, administradores entre outros profissionais.

Obra é lançada em comemoração ao aniversário

O Dieese lança, neste mês, o primeiro volume da coleção “Por que cruzamos os braços”, em coedição com a Cortez Editora. Dividida em cinco publicações, a coleção reunirá 60 depoimentos de lideranças sindicais que relatam as experiências que viveram à frente de algumas das maiores greves do país. Os outros quatro livros que compõem a coletânea serão lançados em 2016.

O material traz experiências de greves em diferentes categorias profissionais de 12 estados do país.

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