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Conheça o estudo

Dieese: 56% dos reajustes da data-base de setembro ficaram abaixo da inflação

Em contrapartida, SMetal garantiu acordos que cobriram integralmente a inflação ou até mesmo ultrapassaram o percentual apresentando aumento real no salário dos metalúrgicos e metalúrgicas da base 

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SMetal negociou acordos que injetaram dinheiro no bolso do trabalhador, além de melhorias em benefícios que também entram nesta leva

SMetal negociou acordos que injetaram dinheiro no bolso do trabalhador, além de melhorias em benefícios que também entram nesta leva

De acordo com um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) cerca de 56% dos reajustes salariais da data-base de setembro ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Os reajustes iguais à inflação em setembro foram observados em 34,4% dos casos. No estudo, outros 9,4% dos reajustes foram registrados acima do índice inflacionário. O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) se enquadra nestes dois percentuais, já que, durante a Campanha Salarial de 2021, negociou acordos que cobriram a inflação integralmente ou até ultrapassaram o percentual como foi conquistado em empresas como Toyota, Clarios e Kanjiko.

“Atualmente, nós temos 95% da nossa base com acordos de reajuste salarial integral a inflação ou acima dela. Sorocaba está indo na contramão do que vemos em todo o país e isso é fruto da atuação do Sindicato dos Metalúrgicos na cidade. A reposição salarial é a agente direta para a retomada econômica no país, por isso, apesar de muitos grupos patronais e empresários terem sinalizado até mesmo o parcelamento do reajuste, o SMetal brigou por sua categoria e garantiu uma data-base vitoriosa”, analisa Leandro Soares, presidente do Sindicato.

O parcelamento mencionado por Soares é, entre outras questões, um dos maiores problemas enfrentados neste ano. Isso porque alguns grupos patronais tinham a intenção de parcelar o reajuste em duas e, até mesmo, três vezes. “Claro que a entidade jamais aceitaria isso, deixamos claro desde as primeiras mesas de negociações que iríamos buscar o que cabia de direito aos trabalhadores. Afinal de contas, os aumentos no custo de vida não vieram parcelado”, explica o presidente do SMetal.

Este é mais um ponto em que os metalúrgicos de Sorocaba e região saíram ganhando. Ainda de acordo com o estudo realizado pelo Dieese, houve crescimento no número de reajustes pagos em duas ou mais parcelas. Até setembro, cerca de 9,2% dos reajustes de 2021 foram pagos parceladamente. Em 2019 e 2020, o percentual foi de apenas 2,3%.

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