Um teste rápido para detectar dengue ou febre chikungunya custa em torno de R$ 350 se for feito na rede de saúde particular. Mas de acordo com a resolução da Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS) desde o dia 2 de fevereiro os convênios médicos são obrigados a cobrir o teste.
A novidade consta no novo rol de cobertura obrigatória aos convênios médicos, atualizado a cada dois anos pela ANS. Antes, em caso de dengue, os planos só eram obrigados a cobrir testes laboratoriais cujos resultados demoravam uma semana para sair. O resultado do teste rápido sai em até 24 horas.
Mesmo assim, o presidente da Comissão da Saúde da Câmara Municipal de Sorocaba, Izídio de Brito, que também é diretor do SMetal, aponta que muitos pacientes conveniados foram até os hospitais ser serem atendidos. “Ano passado ouvimos muitas queixas de pessoas que estavam com sintomas da doença e eram encaminhadas a fazer o teste no Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades de Pronto Atendimento, como o da Nogueira Padilha, na zona leste da cidade”.
Conveniados em Sorocaba
Na sexta-feira, dia 5, o Secretário municipal de Saúde, Francisco Fernandes, declarou na Câmara de Sorocaba, durante exposição de prestação de contas, que em Sorocaba 50% da população tem convênio de saúde.
Por isso, Izídio considera importante que o governo municipal fiscalize os convênios para saber se eles estão cumprindo com a resolução.
Despreparo
A reportagem do SMetal entrou em contato por telefone com os hospitais Modelo e Unimed para questionar, como cidadão comum, se eles realizam o teste rápido. As respostas foram as mesmas a respeito do procedimento. O paciente tem que passar pelo setor de emergência, passar com um clínico e ele avaliará se pedirá o exame sorológico. Mas nenhuma das atendentes soube responder se o teste é para resultado rápido ou o de uma semana.
O presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, alerta toda a categoria metalúrgica para que fiscalize seus convênios e em caso de não cumprimento da resolução façam denúncias. “É importante que os trabalhadores fiquem atentos e cobrem pelos seus direitos”.
As operadoras que não cumprirem a cobertura obrigatória estão sujeitas a multa de R$ 80 mil por infração cometida. Para fazer uma reclamação contra uma empresa que não esteja respeitando a determinação, o consumidor pode acessar o site da ANS (www.ans.gov.br) ou ligar para a central da agência, no telefone 0800-701-9656.