A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada anualmente pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) e sindicatos filiados, garante aos trabalhadores da categoria um piso salarial acima do salário mínimo.
Atualmente, o salário normativo dos metalúrgicos varia de R$ 1.309 a R$ 2.011, dependendo do porte e da atividade econômica da empresa. Esse valor é negociado pelos sindicatos de trabalhadores durante a Campanha Salarial da categoria.
Sem a convenção ou acordos coletivos, o piso estabelecido aos metalúrgicos seria o mesmo que o salário mínimo nacional, que hoje é de R$ 937.
Segundo dados compilados pela subseção Dieese dos Metalúrgicos Sorocaba, o menor piso da categoria (R$ 1.309) é 40% maior que o salário mínimo. Já o maior, de R$ 2.011, é 215% maior que o nacional.
De acordo com o economista André Corrêa, do Dieese, o piso dos metalúrgicos sempre esteve acima dos valores nacionais, mesmo após a política de valorização do salário mínimo implantada pelo governo Lula.
Por isso, o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Silvio Ferreira, destaca a importância de lutar pela manutenção da Convenção Coletiva. “Assegurar um salário mínimo decente à categoria, independente da política econômica nacional, é valorizar o trabalhador e oferecer a garantia de melhores condições de vida a ele e sua família”, afirma.