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Só a luta garante

Com plano de luta e estratégias atualizados, CUT convoca 14º Congresso para 2023

“A CUT continua firme e forte e vai se modernizar para estar sempre presente na vida dos trabalhadores deste país”, destacou o vice-presidente, Vagner Freitas; congresso acontece em outubro de 2023

Imprensa SMetal
ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)
16ª Plenária Nacional da CUT aconteceu neste domingo, 24

16ª Plenária Nacional da CUT aconteceu neste domingo, 24

Após um dia cheio de debates e discussões, da apreciação, atualização e aprovação das moções e das emendas do Projeto Organizativo e do Plano de Luta, na tarde deste domingo (24), a Secretária-Geral e o vice-presidente da CUT, Carmen Foro e Vagner Freitas, respectivamente, em nome de toda direção, encerraram a 16º Plenária Nacional da CUT “Organização e Unidade para Lutar” convocando os mais de 950 delegados e delegadas para o 14º Congresso Nacional da entidade, que acontecerá em outubro de 2023.

Foram quatro dias de debates virtuais, com mais de 2/3 das delegadas e delegados participando ativamente, e junto com observadores e convidados, foram quase mil conexões diárias construindo coletivamente o futuro da CUT e da organização dos trabalhadores e das trabalhadoras.

“Conseguimos realizar debates tão profundos e aprovar resoluções muito significantes para o presente e para o futuro da classe trabalhadora que representamos e para a luta geral da sociedade, para reconstruir e transformar o Brasil e tomar impulso para as mudanças mundiais. O debate da CUT colabora muito com a sociedade”, disse Carmen.

O vice-presidente disse que o papel da CUT, durante a construção da 14º Plenária, será colocar o plano de lutas em ação e a agenda sindical em prática e para isso é muito importante fortalecer os sindicatos, porque não existe democracia sem sindicato. Ele também destacou a importância da CUT para a sociedade.

“Bolsonaro quando foi eleito disse que ia acabar com o MST e com a CUT, mas a nossa central não só não acabou, mas como está mais forte. Ele é que está derretendo. As pesquisas mostram isso. A nossa Central segue forte, grande e vamos continuar representando a classe trabalhadora. Quem estará fora é este genocida”, afirmou Vagner, que complementou: “Se não tiver impeachment agora, faremos o julgamento de Bolsonaro nas urnas em 2022 elegendo Lula presidente”.

Dever cumprindo

Carmen Foro e Vagner Freitas agradeceram todas e todos delegados e reforçaram que a CUT só tem a magnitude e força que tem porque é feita de pessoas engajadas e dedicadas com o projeto de um futuro melhor e mais justo para a classe trabalhadora brasileira.

A secretária-geral disse que a missão – de planejar o futuro da CUT, atualizando plano de lutas e se modernizar para enfrentar o conjunto da classe trabalhadora – foi cumprida e a mensagem foi dada aos parceiros de luta. A mensagem é de que somente juntos e juntas é possível transformar a sociedade.

“Não daremos trégua. Enquanto a democracia e a vida da classe trabalhadora estiverem em perigo, estaremos firmes nas ruas e em todos os lugares. Demos mais um passo em direção à necessária atualização de nosso projeto organizativo para nos fortalecer para os embates futuros, para enfrentar a ofensiva do capital e para conduzir as lutas da classe trabalhadora. Vamos derrotar Bolsonaro e transformar o Brasil”, destacou Carmen.

Paulo Freire, presente!

O debate deste último dia começou com homenagem ao educador Paulo Freire e ressaltando conceitos e ações do patrono da educação, que completaria 100 anos em 2021. Um vídeo com sua história foi apresentado com destaque para o verbo ‘esperançar’ e uma frase popular de Paulo Freire.

“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

Luta antirracista e carta dos servidores

Revoltas Negras, Exclusão racista, Racismo Recreativo e Necropolítica foram os temas de quatro vídeos curtos para lembrar das questões centrais que fazem perdurar o longo processo de desigualdade entre brancos e negros e que resultam no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra as mulheres negras.

Uma carta assinada por cinco confederações de trabalhadores dos serviços públicos, chamada de “Aliança das Três Esferas”, também foi lida durante o evento. No documento os trabalhadores afirmam: “somente juntos vamos derrotar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, da reforma da Administrativa do governo Bolsonaro”, que prevê o fim do serviço e dos servidores públicos.

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