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Contrato Coletivo Nacional

CNM-CUT conquista acordo nacional de PPR na Otis Elevadores

É o segundo ano consecutivo que os trabalhadores são beneficiados por negociação nacional na empresa

Redação CNM/CUT
Divulgação

Foram fechados acordos nas plantas em Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Niterói (RJ), Fortaleza (CE), Recife (PE), Vitória (ES), Porto Alegre (RS), e Natal (RN).

Após intensa negociação com participação da CNM/CUT, oito plantas da Otis Elevadores espalhadas pelo país fecharam esta semana acordo nacional de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para o ano de 2024. É o segundo acordo seguido em âmbito nacional deste tipo na empresa. Foram fechados acordos nas plantas em Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Niterói (RJ), Fortaleza (CE), Recife (PE), Vitória (ES), Porto Alegre (RS), e Natal (RN).

Acordos deste formato fortalecem a pauta da Confederação em busca um Contrato Coletivo Nacional que traga condições mínimas de trabalho para toda a categoria. Nas próximas semanas, os paradeiros de manutenção que trabalham para a Petrobras em todo o país devem fechar acordo deste género, numa negociação que envolve, além dos metalúrgicos, trabalhadores petroleiros e da construção civil.

Para o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, a negociação com a Otis foi de alto nível, com participação decisiva dos trabalhadores no chão de fábrica, e reforça o entendimento de que é possível construir acordos que sejam positivos para os trabalhadores em âmbito nacional, trazendo igualdade para quem está em diferentes locais e plantas.

“É o tipo de negociação benéfico ao trabalhador e também para empresa, porque ela faz uma negociação única, não precisa estar divergindo de itens que são iguais para todos, em todas todas as plantas”, disse o dirigente.

Loricardo afirma que ter um Contrato Coletivo Nacional de trabalho é essencial para trazer igualdade de condições aos trabalhadores. “O trabalho é igual, o salário tem que ser igual e a distribuição de lucro também tem que ser igual”.

Ele acredita que as redes sindicais, que reforçam a solidariedade entre trabalhadores de empresas transnacionais, podem ser um caminho para construir acordos deste tipo. “As redes sindicais são fundamentais para trabalhar, não só avaliar a questão das práticas antissindicais, mas é importante as redes sindicais trabalharem o contrato nacional, olhar as divergências locais e juntar isso num acordo que sirva para toda a categoria”.

Acordo positivo e debate sobre metas

O secretário de Comunicação da CNM/CUT, Heraldo da Silva Ferreira, que participou das negociações da Otis em Belo Horizonte (MG), disse que os trabalhadores na planta local avaliaram o acordo de forma positiva, aprovando por unanimidade durante a assembleia de votação, porém, as metas estabelecidas deixaram algumas dúvidas para a companheirada.

“Nós da CNM/CUT fomos bastante firmes nas negociações, conseguimos um adiantamento da PLR agora para julho, a empresa queria pagar tudo em fevereiro do ano que vem, e batemos o pé em um acordo de 1 ano, enquanto a empresa queria 2 anos. Em relação às metas, existe uma preocupação com o estabelecimento de metas que não são de controle dos trabalhadores, como a satisfação do cliente, que é algo externo e que não está nas mãos de quem está no chão de fábrica. A empresa justificou que isso alcança também as fábricas no exterior e também as plantas que possuem sindicatos de outra central sindical”, explicou o dirigente.

Heraldo afirma que o debate continuará com a empresa para que essas metas fora do controle do trabalhador sejam eliminadas futuramente em outras negociações.

“Teremos mais duas assembleias ainda esse ano, uma logo após o pagamento do adiantamento para avaliar como é que foi, se todo mundo pegou o valor mais ou menos igual da PLR, ou se alguns trabalhadores perderam algo em detrimento dessas metas externas. E teremos mais uma uma assembleia no final do ano, em dezembro, para outra avaliação. E já no ano que vem a gente pode propor mais uma vez a troca dessas metas de agora por metas que estejam mais no controle do trabalhador”, completou o dirigente.

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