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Descaso com a categoria

Campanha Salarial 2024: patronais que não apresentam proposta vão receber aviso de greve

Documento será enviado para o Sicetel e Siniem na próxima terça-feira (10) caso não haja avanço nas negociações; FEM-CUT/SP já garantiu aumento real e CCTs na maioria das bancadas

Imprensa FEM-CUT/SP
Adonis Guerra/SMABC

A FEM-CUT/SP já assinou Convenções Coletivas de Trabalho com diversos grupos patronais.

A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) vai encaminhar aviso de greve para os grupos patronais que ainda não apresentaram propostas que atendam as reivindicações da categoria para a Campanha Salarial 2024. O documento será enviado aos empresários no próximo dia 10, terça-feira.

De acordo com o secretário-geral da entidade, Max Pinho, o Sicetel, Siniem (Estamparia), G10 e Aeroespacial são os grupos que estão pendentes de fechar a Campanha Salarial 2024.

“Com o Sicetel e Siniem, tivemos novas conversas essa semana e definimos o prazo para apresentação das propostas até a segunda-feira (9). Caso isso não aconteça, no dia 10 vamos enviar o comunicado de greve e mobilizar os trabalhadores. Passando o prazo do aviso de greve sem novas propostas, a FEM-CUT/SP irá liberar os Sindicatos filiados para buscarem acordos por empresas, em patamares maiores do que os reivindicados”.

No G10, que não fecha a Campanha Salarial com os metalúrgicos desde 2017, e no Aeroespacial, a FEM-CUT/SP já havia liberado os sindicatos filiados a iniciarem as negociações por fábrica.

“Infelizmente, desde a Reforma Trabalhista, de 2017, o G10, que abrange as micro e pequenas empresas, tem sido intransigente e se recusado a garantir os direitos dos metalúrgicos. Isso é reflexo direto dessa reforma e de quanto ela prejudica a classe trabalhadora. No entanto, nossos sindicatos sempre buscam com firmeza os acordos por fábrica para proteger e valorizar a categoria”.

Conquistas

Por outro lado, a FEM-CUT/SP já fechou acordos da Campanha Salarial 2024 com demais os grupos patronais garantindo a reposição integral da inflação mais 1,2% de aumento real nos salários dos metalúrgicos e a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), que trazem importantes direitos para os trabalhadores.

Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, destaca a importância das conquistas. “Nosso momento é histórico. Pela primeira vez, fechamos os acordos antes da nossa data-base e isso faz com que os trabalhadores já recebam a diferença nos vencimentos de setembro. E temos importantes direitos garantidos nas CCTs, valorizando a categoria e fazendo dessa Campanha Salarial uma grande vitória para todos nós”.

Além disso, em parte das negociações, a direção da FEM-CUT/SP conquistou importantes avanços nos direitos das mulheres trabalhadoras, como a garantia para a mulher que retornar da licença maternidade sem prejuízos no trabalho, a melhoria da cláusula do auxílio creche, que abrange mais mulheres nas empresas, e a menção da lei de igualdade salarial.

Para Ceres Lucena, secretária da Mulher Trabalhadora da FEM-CUT/SP, a luta em prol das mulheres é um compromisso da entidade.

“Todos os anos, temos uma grande luta para avançar nos direitos das trabalhadoras e toda nossa direção leva esse compromisso para as mesas de negociações com firmeza. Os avanços que tivemos esse ano é resultado dessa luta e temos que comemorar. Nosso trabalho, contudo, continua sempre para garantir que todas as trabalhadoras sejam beneficiadas”.

Confira como ficou a situação em cada grupo patronal:

G8.III – SIMEFRE, SINAFER e SIAMFESP

Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.

SIESCOMET

Renovação das cláusulas sociais por um ano com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.

SINDICEL

Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.

G3 – SINDIPEÇAS, SINDIFORJA e SINPA

Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.

SIFESP (Fundição)

Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% de aumento real.

SINDIFUPI

Renovação das cláusulas sociais por um ano. INPC + 1,2% de aumento real.

SINDRATAR

Renovação das cláusulas sociais por dois anos com avanços nas cláusulas inerentes aos direitos das mulheres. INPC + 1,2% de aumento real.

G2 – SINDIMAQ e SINAEES

Renovação das cláusulas sociais por dois anos. INPC + 1,2% aumento real.

Na próxima segunda-feira (9), a FEM-CUT/SP assina as CCTs com o Sifesp (Fundição), Siescomet, Sindratar e G2 (Sinaees e Sindmaq). No Sindifupi a data para assinatura será agendada. Com os demais em que há acordos, as CCTs já foram assinadas.

Grupos patronais sem proposta de acordo até o momento

SICETEL, SINIEM (Estamparia):

Em conversas entre patronal e FEM-CUT/SP nesta semana, o prazo para nova proposta será até o dia 09/09/24, ou caso contrário, sem proposta, será encaminhado o Aviso de Greve já no dia 10/09/24. Os sindicatos filiados estão liberados para iniciar as negociações por grupo a partir desta data.

G10 e Aeroespacial:

– FEM-CUT/SP já liberou Sindicatos filiados para construírem ACT (Acordos Coletivos de Trabalho) por empresas, assim como acontece desde a Reforma Trabalhista de 2017.

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aumento real campanha salarial 2024 greve negociação
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