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Campanha propõe que crianças passem uma semana sem TV, PC, tablet e celular

'Semana Sem Telas' chama atenção para o fato de crianças brasileiras passarem cerca de 5 horas por dia em frente à televisão

Rede Brasil Atual
Divulgação
Tempo em que pequenos brasileiros passam 'conectadas' preocupa organizações de promoção dos direitos das crianças

Tempo em que pequenos brasileiros passam ‘conectadas’ preocupa organizações de promoção dos direitos das crianças

O Instituto Alana, entidade que atua pela promoção dos direitos da crianças, promove nesta semana a “Semana Sem Telas”, campanha anual que propõe que as crianças passem uma semana longe das telas de computadores, tablets, celulares e aparelhos televisivos. Segundo o instituto, as crianças brasileiras passam cerca de cinco horas e 20 minutos, por dia, na frente da TV. A coordenadora de Mobilização do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, Gabriela Vuolo alerta que a situação é preocupante no país, e que os impactos negativos destas tecnologias, principalmente sobre as crianças, são muitos.

“A internet também é bem alarmante, as crianças passam em média 17 horas por mês conectadas. Elas deixam de ter oportunidade de brincar criativamente. E é justamente nestas brincadeiras que ela reconhece o corpo, percorre os espaços, socializa, e este tempo na TV ou na internet rouba tempo de socialização com os pais, o que é essencial para as crianças pequenas”, disse Gabriela à Rádio Brasil Atual.

Segundo ela, o excesso de TV, além de não ser benéfico, é prejudicial para o desenvolvimento cognitivo da criança. “No caso das crianças mais velhas, há estudos que mostram a relação do tempo de exposição às telas com o aumento de índices de obesidade infantil, em relação à dificuldade em desempenho à matemática, comportamentos regulares de sono excessivo, entre outros.”

A campanha começou ontem (29) e vai até domingo (5). No site do Instituto Alana estão elencadas 101 sugestões de atividades familiares livres das telas. Gabriela ressalta, entretanto, que a campanha não possui viés saudosista, nem pretende excluir a televisão ou o computador da vida das crianças. O Instituto propõe a reflexão contra o exagero. “Hoje virou uma coisa automática na nossa vida, a gente chega em casa, liga a TV e nem nos damos conta disso, não paramos para pensar em outras alternativas para serem feitas com a família.”

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