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Bolsonaro segue minimizando a gravidade da situação
Com mais de 8 milhões de infectados e mais de 220 mil mortos, o Brasil aparece em último lugar de quase 100 países e é considerado o pior no combate à pandemia da Covid-19, segundo a Lowy Institute, da Austrália. No estudo, a entidade considerou números de casos confirmados, mortes e capacidade de detecção da doença.
A Nova Zelândia, que tem cerca de 5 milhões de habitantes, ficou no topo da lista e foi considerado o que melhor lida com a pandemia. O país tem registrado 2.299 casos do novo coronavírus e apenas 25 mortes. Os dados são desde o início da pandemia, em março de 2020, até o começo de 2021.
No continente americano, os dois países com as maiores populações – Brasil e Estados Unidos – concentram o maior número de mortes do mundo. O Brasil perde apenas para os EUA nesse quesito. Por lá, foram acumulados 429.312 óbitos pelo vírus.
Tanto aqui como nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e o Donald Trump minimizaram a gravidade da Covid-19 e se opuseram a medidas como uso de máscara, quarentena e vacinação em massa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, enfatiza que a posição do Brasil não é surpresa. “Desde o início, Bolsonaro debochou dos brasileiros tratando a situação com piadinhas. As tímidas medidas para proteger os empregos e garantir comida na mesa das pessoas demoraram a sair e tiveram fim mesmo com a situação piorando a cada dia”.
Leandro também aponta a falta de perspectiva para vacinação em massa. “Sem vacina, todos nós corremos riscos, seja de adoecer e não ter atendimento médico, seja de perder nossos empregos e a nossa renda. Na queda de braço entre Bolsonaro e Doria, todos nós perdemos”.
Propagação institucional
Um outro estudo aponta que o governo Bolsonaro realizou uma estratégia institucional de propagação do coronavírus. Os dados estão no boletim chamado Direitos na Pandemia – Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil, realizado pelo Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos.
Segundo reportagem do El País, “a análise da produção de portarias, medidas provisórias, resoluções, instruções normativas, leis, decisões e decretos do Governo federal, assim como o levantamento das falas públicas do presidente, desenham o mapa que fez do Brasil um dos países mais afetados pela covid-19”. Leia a reportagem completa do El País.
Casos locais também aumentam
Em Sorocaba, os casos de Covid-19 continuam crescendo. Segundo boletim da prefeitura, divulgado nesta quarta-feira, 27, a cidade registra 30.914 casos da doença. Ao todo, são 631 mortes contabilizadas.
Para o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, é preciso enfrentar a situação com seriedade. “Até agora, o que Sorocaba recebeu de doses das vacinas não é suficiente nem para todos os profissionais de saúde. E os governantes perdem tempo com populismo, brincando para abrir o comércio sem medidas de segurança que proteja nossa população. Temos que cobrar uma política séria, que garanta nossa saúde e também nosso emprego e renda”.