Em artigo para a Folha Metalúrgica, Leandro Soares analisa os últimos acontecimentos políticos
Na última semana, os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) realizaram a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial em São Paulo. O SMetal esteve representado no momento que marca o início, oficial, da jornada árdua por reposição de direitos sociais e econômicos dos metalúrgicos do estado.
Diante de anos anteriores, o atual percentual de inflação é relativamente baixo. O cenário econômico faz com que acreditemos ser possível conquistar o aumento real e melhorias nas cláusulas sociais. Em nossa Campanha Salarial, defendemos o slogan “A luta Continua Pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia”. Essa marca é o que também precisamos para o país.
Durante nossa última ida em Brasília, o SMetal também se posicionou contra a política monetária praticada pelo Banco Central (BC). Você leu em meu último artigo e sabe que com a taxa Selic alta não há investimento, crescimento e muito menos geração de emprego e renda.
Por isso, eu e outras lideranças metalúrgicas entregamos, no Senado, um protocolo que pede o impeachment do presidente do BC, Campos Neto. E para não continuar castigando o bolso dos trabalhadores fomos às ruas de Sorocaba em protesto contra essa prática abusiva do BC. Nós trabalhadores não podemos pagar essa conta.
Outra fonte de esperança para os trabalhadores, e que mostra que estamos no caminho da reconstrução, é a aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que segue para o Senado.
O texto aprovado prevê imposto zero para os alimentos da cesta básica; haverá a devolução de parte dos impostos para as famílias mais pobres (“cashback do povo”); menos impostos em absorventes; menos imposto para saúde/medicamentos, educação e transporte público, entre outros benefícios. Com a simplificação dos impostos, a produtividade das empresas também tendem a aumentar. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a medida vai gerar mais crescimento e emprego a longo prazo. O Ipea prevê que o PIB brasileiro cresça até 2,39% a mais do que cresceria num cenário sem reforma. Se o país cresce, o trabalhador ganha!
E é por isso que o SMetal mais uma vez sai em defesa dos metalúrgicos e de toda a classe trabalhadora, seja a nível municipal, estadual ou nacional. De passo a passo, vamos reconstruindo o país!
