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Após negociação com o SMetal, Forte Metal regulariza banco de horas

Após assembleia e negociação com a empresa, Forte Metal deve aplicar um reajuste nos salários que pode chegar a 9%

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

A Forte Metal produz estruturas metálicas, tem duas fábricas na zona industrial e uma em Brigadeiro Tobias e tem cerca de 50 trabalhadores.

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, 19, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) dialogou com os trabalhadores da Forte Metal sobre a regularização do banco de horas da fábrica, após denúncias recebidas.

Por conta da sazonalidade da produção, os trabalhadores da empresa ficaram devendo mais de 300 horas de trabalho e, devido à falta de diálogo da Forte Metal com o SMetal por mais de um ano, não houve acordo para que essas horas fossem abatidas. 

O acúmulo das horas faz com que os metalúrgicos tenham que compensar trabalhando a mais que sua jornada, tendo expediente, aos sábados, por exemplo.

O dirigente do SMetal responsável pelas negociações com a fábrica, Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), explica que após reunião com a empresa, eles se comprometeram a zerar as horas.

“Isso demonstra a importância dos trabalhadores fortalecerem e estarem junto com o Sindicato. Com mobilização e negociação conseguimos garantir os direitos dos trabalhadores”, ressalta Marcelinho.

O dirigente ainda afirma que, em outras fábricas, o SMetal garante diversos acordos de banco de horas que, após um período, o tempo devido pelos metalúrgicos é zerado.

Campanha salarial

Na sexta-feira, 5 de abril, o SMetal realizou uma assembleia para conversar com os trabalhadores da empresa sobre o reajuste salarial de 4,06% aplicado pela empresa, sem diálogo com o Sindicato.

Isso porque, em assembleia geral realizada em 2023, os metalúrgicos da base do SMetal aprovaram que as negociações com as fábricas deveriam ter como meta um aumento que estivesse, pelo menos, 2% acima do Índice Nacional Preços ao Consumidor (INPC) que fechou em 4,06% no período, totalizando, assim, 6,14%. Além disso, os trabalhadores também demandaram pela renovação e ampliação das cláusulas sociais das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). Na Forte Metal, essa decisão foi utilizada como referência para a reivindicação dos metalúrgicos. 

Após a assembleia e negociação com a empresa, representantes da Forte Metal disseram que devem aplicar um reajuste nos salários que pode chegar a 9%.

“A empresa está cogitando aumentar o reajuste graças à pressão que fizemos e estamos dialogando para que esse acordo seja feito por meio do SMetal”, afirma Marcelinho indignado.

A Forte Metal produz estruturas metálicas, tem duas fábricas na zona industrial e uma em Brigadeiro Tobias e tem cerca de 50 trabalhadores.

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