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Acordos já beneficiam 73,4% dos metalúrgicos da região

Entre os acordos coletivos estaduais com os Grupos 2 e 8 e os que têm sido firmados por fábrica, 30.841 metalúrgicos já garantiram a reposição da inflação nos salários (9,88%) na região

Imprensa SMetal
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Por fábrica: SMetal tem firmado acordos por fábrica no segmento de autopeças, como foi o caso da Scórpios

Por fábrica: SMetal tem firmado acordos por fábrica no segmento de autopeças, como foi o caso da Scórpios

Com a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho dos grupos 2 e 8, prevista para acontecer nos próximos dias, somada com alguns acordos que estão sendo firmados por fábrica, 30.841 metalúrgicos de Sorocaba e região devem garantir, oficialmente, a reposição da inflação dos últimos 12 meses.

Esses 30.841 metalúrgicos com acordos salariais representam 73,4% da categoria na região, que é formada por 42 mil trabalhadores.

Dos 9,88% de inflação, apurada pelo INPC/ IBGE de setembro de 2014 a agosto de 2015, os trabalhadores dos grupos 2 e 8 terão 7,88% incorporados aos salários com data retroativa a 1º de setembro deste ano e 2% em fevereiro.

O acordo terá assinatura da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e sindicatos filiados e pelos sindicatos patronais dos grupos 2 e 8.

Assim que o acordo estiver assinado, o SMetal vai divulgar os pisos e tetos salariais e um resumo das cláusulas sociais conquistadas.

Demais grupos

A FEM continua negociando com os Grupos 10 e Estamparia. Segundo Adilson Faustino, Carpinha, diretor do SMetal e secretário-geral da FEM, existe possibilidade de chegar a um acordo com esses grupos nos próximos dias. O acordo seria semelhante ao dos grupos 2 e 8.

Com o Grupo 3 as negociações estão emperradas e a FEM orientou os sindicatos filiados a negociarem acordos por fábrica.

Em Sorocaba, já foram firmados acordos com a Kanjiko e a Scórpios. Também há negociações em andamento com a ZF e com a Syl.

O SMetal tem procurado todas as fábricas do G3. Na Schaeffler, o reajuste salarial está garantido em um acordo de 2013, que previa aumentos anuais de salários até 2015.

Mais mobilização

Além do G3, também o Grupo das Fundições se recusa a incorporar as perdas com a inflação dos últimos 12 meses nos salários.

A direção da FEM ressalta que, em casos de empresas com melhores condições de produção, os trabalhadores devem apoiar seu sindicato para buscar acordos com reajuste superior aos 9,88% de reposição da inflação.

O Grupo 2 tem 15.879 trabalhadores na região. O Grupo 8 tem 8.422. Já a Toyota, Schaeffler, Kanjiko e Scórpios, juntas, empregam 6.540 trabalhadores. A soma resulta nos 30.841 metalúrgicos com acordo garantido.

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Composição dos grupos patronais

O Grupo 2 é composto por fabricantes de máquinas e eletroeletrônicos.

O Grupo 8, por fábricas de trefilação, laminação de metais ferrosos, ferramentas, refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro, rodoviários entre outros.

O Grupo 3 é composto por autopeças, forjarias e fábricas de parafusos.

O Grupo 10, por fabricantes de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico, oficinas mecânicas, rolhas metálicas, funilarias, entre outros.

Estamparia, por estamparias de metais.

Fundição, por indústrias de fundição.

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