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Negociações de valor

Acordos do SMetal trazem dignidade à vida de trabalhadores, dentro e fora das fábricas

Possibilidade de extensão da licença-maternidade, auxílio creche para trabalhadores do sexo masculino e licença para casamento à casais homoafetivos são alguns exemplos de direitos que têm sido discutidos com empresas da base da entidade

Carol Fernandes/Imprensa SMetal
Freepik

Um aspecto que tem sido discutido em âmbito nacional, e que é uma luta histórica do SMetal, é a redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem a redução dos salários.

Anualmente, o SMetal tem se dedicado às negociações de reajuste, por meio da Campanha Salarial, e do PPR, que oferecem um valor monetário ao trabalhador. Entretanto, há outros acordos específicos que, mesmo que não ofereçam um retorno financeiro, garantem um valor essencial: a dignidade, dentro e fora do ambiente de trabalho. 

Possibilidade de extensão da licença-maternidade, auxílio creche para trabalhadores do sexo masculino e licença para casamento à casais homoafetivos são alguns dos exemplos que têm sido discutidos com empresas da base da entidade. Para além de condições que abrangem públicos específicos, acordos de calendário de dias pontes e banco de horas são firmados para garantir à categoria bem-estar e momentos de descanso. Há, ainda, os casos de lay-off, em que a entidade atua para proteger o trabalhador no momento de crise, garantindo emprego e benefícios. Outro aspecto que tem sido discutido em âmbito nacional, e que é uma luta histórica do SMetal, é a redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem a redução dos salários. 

Para o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, os exemplos mencionados demonstram uma preocupação não apenas com a remuneração, mas com o “valor” de se ter um emprego. “A nossa luta é para que esse emprego seja de qualidade, em que o trabalhador possa sair da tua casa e encontrar um ambiente salubre, digno, em que possa exercer a sua profissão, garantir a sua renda, seus direitos e voltar para casa do mesmo jeito que saiu”, afirma. 

O secretário-geral também ressalta que, embora sejam importantes, esses direitos ainda não são assegurados pela CLT, o que torna o trabalho de diálogo do SMetal com as empresas ainda mais essencial e, também, desafiador. “São conquistas sindicais que protegem a vida dos trabalhadores e garantem que eles tenham acesso a tudo que tem de melhor, através de uma boa remuneração e jornada digna”, disse. 

A reportagem conversou com quatro trabalhadores, que atuam regime de 40 horas semanais:

“Com a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, se gera mais postos de trabalho e, principalmente, preserva um menor desgaste do trabalhador. Podendo, assim, cuidar melhor de sua saúde e ter mais tempo para a própria família” – Trabalhador que atua em regime de 40 horas semanais negociado pelo SMetal.

“Como eu tive uma gestação complicada, eu achei que seria ‘eu por eu’. Mas com o auxílio garantido foi tranquilo, desde o nascimento do “nenê”, todos os direitos e benefícios me foram oferecidos” – Trabalhadora que teve uma gestação complicada e precisou ser afastada, após 4 meses. Passou por licença-maternidade e, hoje, deseja ajudar outras trabalhadoras que passarão pelo mesmo momento. 

“Vale muito a pena para o funcionário. A gente consegue descansar melhor, e tem aquele nosso horário correto de sair. E, quando tem hora extra, geralmente a gente consegue trabalhar bem mais descansado e se sente bastante recompensado por todo o esforço que foi feito” – Trabalhador que atua em regime de 40 horas semanais, após mobilização da própria categoria e do CSE da empresa.

“Para nós, mulheres, ter esses direitos é muito bom. Super importante e necessário!” – Trabalhadora que passou por licença-maternidade.

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