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A assembleia com os trabalhadores da Jaraguá aconteceu na manhã desta quarta-feira, 16
Foi aprovado em assembleia na manhã desta quarta-feira, 16, o acordo de banco de horas na empresa Jaraguá, negociado pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). A proposta abrange todos os trabalhadores – horistas e mensalistas – e tem vigência de dois anos.
Conforme explica o diretor executivo do SMetal, Antônio Welber Filho (Bizu), os metalúrgicos estavam há mais de seis anos cumprindo um banco de horas sem qualquer critério nem negociação com a entidade. “Quando negociamos um acordo de flexibilização de jornada, temos a prática de discutir alguns critérios e contrapartidas que beneficiem o trabalhador. E foi a pedido dos próprios trabalhadores que insistimos nessa pauta e conseguimos garantir diversas melhorias na proposta”, conta.
Entre os principais pontos conquistados é que todos os trabalhadores começam o banco de horas do zero e com 16 horas positivas. “Durante a negociação, um dos pontos que insistimos foi o perdão de todas as horas negativas. Agora, quem tem hora positiva, a empresa vai pagar os valores normalmente e todos começam o acordo com dois dias positivos”, enfatiza.
Outro critério importante negociado é que, aos sábados, cada hora trabalhada conta como 1h30 no banco de horas dos trabalhadores. Além disso, para compensar as horas, a empresa e os trabalhadores devem avisar com 48 horas de antecedência e o limite do banco são de 60 horas – positivas e negativas.
A Jaraguá está localizada na zona industrial de Sorocaba, fabrica equipamentos pesados e emprega cerca de 200 metalúrgicos.
Atraso no depósito do FGTS
Durante a assembleia, Bizu falou ainda sobre as negociações referente aos atrasos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte da empresa. “Não é um tema fácil levando em consideração a situação da empresa, mas esse é um dos compromissos do Sindicato assumido com a trabalhadores. Com a aprovação do banco de horas, nosso objetivo é marcar o quanto antes uma reunião para discutir os assuntos com os representantes da empresa”, lembra.
Ainda sobre o FGTS, o dirigente sindical Wagner Bueno falou sobre o projeto de lei que tramita na Câmara Federal que reduz de 40% para 25% a multa sobre o FGTS quando o trabalhador é demitido sem justa causa.
“O trabalhador brasileiro não tem um minuto de sossego quando o assunto é ataque aos seus direitos. O Sindicato, juntamente com outras importantes entidades que defendem a classe trabalhadora, já estão se mobilizando para barrar mais esse retrocesso”, enfatiza o dirigente.
Saiba mais sobre o PL do deputado Nereu Crispim (PSL/RS) aqui.