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A falta de asfalto e as enchentes são discutidas sem participação do Paço

Audiência pública dia 13, na Câmara Municipal, discutiu a falta de asfalto e enchentes nos bairros em Sorocaba e foi organizada pelo vereador Izídio (PT). Paço não enviou representante.

Imprensa vereador Izídio
Lucas Munhos/Imprensa CMS

Cerca de 250 moradores de diversos bairros da cidade lotaram o plenário da Câmara Municipal de Sorocaba na noite desta quarta-feira (13) para discutir a falta de asfalto e enchentes na audiência pública ‘Urbanização é para a cidade toda’, realizada pelo vereador Izídio de Brito (PT).

Segundo o petista, a discussão foi realizada com o intuito de apresentar ao Executivo sorocabano o sofrimento dos presentes com relação aos problemas abordados e para a cobrança de um calendário de ações e obras. “o que não foi possível devido à ausência de representantes do Paço responsáveis pelas questões”. Ele ressalta que todas as secretarias foram convidadas, além do prefeito Vitor Lippi (PSDB), porém nenhuma justificativa ou declínio foi apresentado, além do secretário de Saúde, Milton Palma, que enviou a bióloga da pasta, Marília de Oliveira e Silva, para representá-lo.

Devido à ausência de respostas e prazos acarretados pelo não comparecimento dos responsáveis da prefeitura, o parlamentar propôs a população que fossem apresentados os problemas para, posteriormente, fosse realizado um relatório a entregue aos responsáveis de cada pasta.

A partir daí, munidos de faixas e cartazes, representantes de 17 bairros da cidade passaram a manifestar as angústias enfrentadas e as promessas feitas em períodos eleitorais. A moradora do Mineirão, Gislaine Medeiros de Camargo, informou que, durante a campanha, o prefeito Vitor Lippi esteve com moradores do bairro do projeto “Caminhada” do Posto de Saúde e prometeu o asfalto em diversas ruas. Segundo ela, uma promessa feita em 2004 até agora não foi cumprida. Porém, enfatizou, que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) sempre chega em todas as residências do bairro. “Temos o posto de saúde e a creche numa rua do Mineirão, em que a ambulância não tem acesso. Isso é um absurdo e cadê a cidade educadora? Pagamos por um asfalto que não temos”, cobra.

João Maria Valentim, morador do Jardim Piratininga, zona leste da cidade, afirma que durante a chuva que caiu no último dia 9, acordou com mais de 30 centímetros de água dentro de sua casa. “Já sabemos que o cronograma de obras já está pronto faz tempo, mas do que adianta? Não aguento perder o pouco que tenho e ficar só a ver ratos e baratas andando pela casa após as enchentes, que são constantes por conta do córrego sem saneamento”, lamenta.

Apesar do relatório que deverá ser protocolado no Paço ainda no início da próxima semana, o vereador Izídio enfatiza a ausência dos secretários, que participaram ou enviaram representantes nas outras três audiências realizadas onde foram abordas as mesmas questões. “A meu ver, isso é um desrespeito, não com este vereador, mas com as mais de 200 pessoas presentes na audiência. O voto delas, o prefeito quer, mas ouvir e buscar solução para os problemas junto a elas, que já, na maioria das vezes, estão sendo prometidas há anos em campanhas eleitoras, não?”, questiona.

Além dos bairros Mineirão e Jardim Piratininga, participaram da discussão moradores do Ipanema do Meio, Éden, Jardim Brasilândia, Vila Carol, Iporanga 1 e 2, Jacutinga, Parque São Bento 2, Jardim Santo André 2, Parque Vitória Régia, Jardim Montevideo, Jardim Flamboyant, Jardim Gutierrez, Itavuvu, Jardim Maria do Carmo e Nova Sorocaba. O vereador Emílio Ruby (PMN) e o assessor parlamentar do deputado estadual Hamilton Pereira (PT), João Negrão, também participaram da discussão.

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