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Editorial

A direita mostra as garras

Na contramão dos movimentos Sindicais, os empresários, que se nutrem da exploração capitalista, se articulam para a derrubada de direitos e de garantias sociais

Imprensa SMetal
Divulgação

O movimento sindical cutista tem uma luta histórica pela redução de jornada sem redução de salário, o que geraria novos postos de emprego. Na contramão, os empresários, que se nutrem da exploração capitalista, se articulam para a derrubada de direitos e de garantias sociais.

As intenções dos setores patronais ficaram cada vez mais claras após o início do processo do golpe midiático-jurídico. Na semana passada, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) defendeu em público uma jornada de trabalho de 80h semanais.

O que o governo interino de Temer (PMDB) pretende é a flexibilização das leis trabalhistas e a reforma da Previdência. Por isso, fizeram cooptações na Câmara Federal e no Senado para poderem governar para as elites.

Eles não querem taxação de grandes fortunas. Querem é que o trabalhador, já tão explorado, pague sempre o pato. O pior é que muitos trabalhadores não enxergam essa realidade e compram o discurso propagado pela grande mídia, por setores conservadores da sociedade e pelo próprio patrão.

Por quanto tempo será atual a imagem batida de Charles Chaplin como um operário sendo massacrado numa linha de produção, no filme “Tempos Modernos”? Até quando o trabalhador será visto apenas como uma engrenagem de um sistema lucrativo para empresários e industriais?

Não podem nos tirar os direitos e garantias conquistados durante décadas. Não podem aumentar a jornada de trabalho. É inconstitucional, pois a jornada está prevista no art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal.

Quando a dignidade e a vida serão valorizadas para uma sociedade saudável e mais justa? É preciso reacender as massas, ou seja, o povo precisa mais do que nunca da motivação para lutar por seus direitos e por justiça.

Mais do que se indignar é preciso se organizar, estar atento às mobilizações nos bairros, nos sindicatos, nas lutas estudantis, sejam grêmios ou centros acadêmicos. É preciso restaurar a vontade política de querer um projeto diferente para o Brasil. Lutar sempre, Temer jamais!

Uma pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, encomendada pela própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), indica que 75% da população consideram o governo de Temer como um tampão regular, ruim ou péssimo.

É óbvio! Quem quer viver num país sem Sistema Único de Saúde, no qual as pessoas tenham que trabalhar 12 horas por dia e que só possam se aposentar aos 75 anos de idade, independente de terem começado a trabalhar aos 14?

O governo interino e golpista está recuando conforme a pressão social. Temer chegou a anunciar a composição dos ministérios sem mulheres e sem negros. Após metade dos nomeados estarem envolvidos em corrupção houve uma reorganização. O corte do Minha Casa Minha Vida foi interrompido graças à resistência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Esse é o caminho. O governo interino não nos representa! O SMetal está na luta e continuará como sindicato cutista representando os interesses da classe trabalhadora contra qualquer ofensiva de direita.

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