Busca
Internacional

Presidente do SMetal participa de debate sobre Relações Comerciais entre Brasil e China

Em encontro promovido pelo Instituto Lula, no Rio de Janeiro, especialistas, representantes sindicais e de associações discutem a importância da inovação e sustentabilidade nas relações comerciais entre Brasil e China

Amanda Monteiro/Imprensa SMetal
Divulgação

O encontro com especialistas, representantes sindicais e de associações aconteceu na última terça-feira, 11, no Rio de Janeiro

A convite do Instituto Lula, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, participou de um encontro com especialistas, representantes sindicais e de associações na última terça-feira, 11, no Rio de Janeiro. O objetivo foi discutir as relações comerciais entre Brasil e China.

No evento, foram abordadas as pautas que posicionam a história da construção entre o Brasil e a China, destacando a evolução das relações comerciais e industriais ao longo das últimas décadas. Discutiu-se também a importância estratégica de uma cooperação mais aprofundada, com ênfase em investimentos mútuos, transferência de tecnologia, e a criação de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e a inovação em ambos os países.

O encontro destacou a crescente importância da indústria na economia nacional, enfatizando a geração de empregos e renda como pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável.

“É imprescindível que o governo subsidie as empresas nacionais e invista em inovação e tecnologia. Só assim conseguiremos formar e qualificar mão de obra capacitada para atender às demandas do mercado,” ressaltou Leandro Soares.

Nova Política Industrial

A nova política industrial implementada pelo governo Lula tem sido especialmente benéfica para Sorocaba e região. Os impactos positivos são claros, com a expectativa de ultrapassar a marca de 60 mil metalúrgicos empregados até 2030. Este crescimento promete um futuro promissor para a região, evidenciando a eficácia das medidas adotadas.

Segundo o SMetal, o programa projeta metas que estimulam o setor produtivo de maneira sustentável. Para o Sindicato, a reindustrialização deve considerar fatores ambientais como uma demanda urgente.

“Agora, mais do que nunca, é necessário debater as lições aprendidas com os colegas das fábricas e do Sindicato,” afirmou Leandro Soares. “Este diálogo contínuo entre diferentes setores é essencial para fortalecer as estratégias de desenvolvimento e garantir que as políticas industriais atendam tanto às necessidades das empresas quanto, principalmente, às dos trabalhadores.”

Relações Comerciais entre Brasil e China

A China, um dos principais mercados mundiais, aumenta seu protagonismo na economia internacional a cada ano. Entre 2001 e 2021, o país passou do terceiro para o primeiro lugar em participação na produção industrial mundial, aumentando de 10% para 28,3%, superando os mercados europeu e norte-americano. A União Europeia caiu de 20% em 2001 para 14,5% em 2021, e os Estados Unidos mantiveram-se na segunda posição, reduzindo de 20% para 16%.

“Para que o Brasil se torne uma grande potência industrial, independente e soberana, é essencial seguir o exemplo chinês. Isso inclui investir na formação dos jovens, em ciência e tecnologia, subsidiar a indústria e estabelecer uma política industrial clara e permanente. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com 48% dos investimentos chineses no mundo concentrados aqui. Esse relacionamento é vital, mas o Brasil precisa desenvolver uma política industrial independente e sustentável para garantir sua soberania,” concluiu Leandro Soares.

Expectativas Futuras

O encontro no Rio de Janeiro reforçou a necessidade de um esforço conjunto entre governo, indústria e sindicatos para fortalecer a posição do Brasil no cenário industrial global. Com a implementação de políticas industriais sólidas e sustentáveis, o Brasil tem a oportunidade de trilhar um caminho similar ao da China, assegurando um futuro de progresso econômico e social.

Leandro Soares enfatizou a importância da continuidade do diálogo:

“O fortalecimento das relações comerciais e industriais entre Brasil e China é crucial, mas é igualmente vital que desenvolvamos nossas próprias estratégias para uma industrialização sustentável e independente. Continuaremos a trabalhar em conjunto com todos os setores para garantir que as políticas implementadas hoje resultem em benefícios duradouros para os trabalhadores e para a economia nacional.”

A cooperação entre diferentes setores e a adoção de políticas voltadas para a inovação e sustentabilidade serão os alicerces para que o Brasil possa alcançar seu potencial máximo, garantindo prosperidade para as futuras gerações.

tags
articulação china Internacional relações comerciais
VEJA
TAMBÉM