Nem a presença maciça de trabalhadores ligados a cooperativas de reciclagem de Sorocaba sensibilizou os vereadores da base do governo para que votassem na sessão desta terça-feira, dia 14, o projeto de lei de autoria do vereador Izídio de Brito (PT), que pretende implantar o Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária.
O projeto que tramita na Câmara desde 2009, tão aguardado pelos catadores, era o próximo da pauta, mas não chegou a ser discutido por falta de tempo regimental. O projeto, porém, será o primeiro da ordem do dia da próxima sessão ordinária, que ocorre na quinta-feira.
“Hoje, consultando os outros vereadores, a gente verificou que a aprovação está dividida. O importante é que, não apenas os catadores, mas também os movimentos engajados na questão sócio-ambiental pressionem os parlamentares para que derrubem o parecer [de inconstitucionalidade] e aprovem o projeto”, avaliou Izídio.
Entenda o projeto
O projeto de lei do vereador Izídio (PL 196/2009) prevê que as cooperativas de catadores sejam remuneradas pelo poder público, com o valor equivalente por tonelada ao que a prefeitura gasta para coletar e transportar o lixo comum. Hoje, esse gasto com o lixo comum é de cerca de R$ 100 por tonelada, incluindo coleta e transporte até o aterro em Iperó.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região apoia a remuneração dos catadores. “É fundamental que esses agentes ambientais, que são os catadores, lutem pela valorização de sua atividade”, afirmou o presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva.