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Cesta básica tem queda, mas continua comprometendo boa parte do salário

Estudo do Dieese mostra que 52,41% dos trabalhadores com carteira assinada em Sorocaba ganham até dois salários mínimo; alimentação básica chega a comprometer mais de 87% do rendimento mensal

Imprensa SMetal
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Com a alta nos preços, muitas famílias trocaram o carrinho pela cestinha na hora de fazer compras

Com a alta nos preços, muitas famílias trocaram o carrinho pela cestinha na hora de fazer compras

Dos 193,985 trabalhadores com carteira assinada em Sorocaba, 52,41% vivem com até dois salários mínimos. É o que mostram os dados organizados pela subseção dos metalúrgicos de Sorocaba do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), de acordo com o Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

No entanto, boa parte desse dinheiro está indo para a alimentação. O Dieese estima que um trabalhador ou trabalhadora, que ganhe dois salários mínimos, compromete cerca de 43% da sua remuneração com os alimentos básicos.

Quando o assunto são as pessoas que ganham um salário mínimo, o percentual de comprometimento fica ainda maior: 87% desse dinheiro será destinada à itens da cesta básica que, apesar de ter tido queda no mês de novembro em Sorocaba, continua cara.

O Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso) divulgou os dados de novembro referentes ao estudo contínuo que analisa o preço e variações da cesta básica sorocabana. Apesar de apresentar queda de 2,27%, se comparada ao mês de outubro, uma cesta com produtos básicos custa, atualmente, R$964,92. No entanto, no comparativo com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 14,88%, ou seja, R$ 124,99 pagos a mais pelo consumidor.

Neste estudo, são analisados os preços de 34 itens básicos que compõem a cesta básica. Em novembro, 17 deles apresentaram queda no preço. “A principal explicação para a queda foi a estratégia dos supermercados de passarem a oferecer em suas gôndolas marcas cada vez mais baratas para tentar alavancar as suas vendas”, defende o relatório.

A escolha por marcas mais baratas e/ou alternativas na hora da alimentação, foi visível, por exemplo, no aumento do valor da linguiça fresca. Como tem sido opção em muitas mesas para substituir a carne de primeira – que já chega a custar R$42,66kg – o embutido teve alta de 7,44%, comparado ao mês de outubro.

Altas

O item que apresentou a maior alta de preço foi o extrato de tomate (12,32%), passando de R$ 4,14/(370g) em outubro para R$ 4,65/(370g) em novembro. No ano, o extrato de tomate já acumula alta de 47,15%.

Em seguida, a cebola apresentou maior alta de custo (8,79%), passando de R$ 3,30/(kg) em outubro para R$ 3,59/(kg) em novembro. Mesmo registrando uma forte alta em novembro, a cebola ainda continua entre os itens da cesta básica que mais diminuíram de preço em 2021 (-12,40%).

Dentre os produtos que tiveram uma alta considerável, também se encontram: a linguiça fresca (7,44%), passando de R$ 22,70/(kg) em outubro para R$24,39/(kg) em novembro, como mencionado acima. Nem mesmo o cafezinho brasileiro ficou de fora, o mantimento subiu 6,63%, cotado a R$ 14,48/(500g) em novembro.

Quedas

Em novembro de 2021, os produtos que tiveram as maiores quedas de preços, foram: o achocolatado (-13,16%), o absorvente (-10,22%), a carne de 2ª (-9,44%), o creme dental (-7,85%) e a muçarela fatiada (-5,11%).

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