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Sem acordo salarial, YKK continua em greve

Paralisação começou na manhã de quinta-feira, 20. Trabalhadores querem reajuste superior a 10% e não aceitam desconto dos dias parados

Imprensa Smetal
Foguinho/SMetal
Assembleia na tarde desta segunda, dia 24, aprovou continuidade da greve por salários na YKK

Assembleia na tarde desta segunda, dia 24, aprovou continuidade da greve por salários na YKK

Amanhã, terça-feira, 25, a YKK vai completar cinco dias de paralisação (ente total e parcial) devido ao impasse na negociação sobre reajuste salarial dos 700 funcionários das três unidades que a empresa tem em Sorocaba (YKK Zíper, Alumínio e Mecânica).

A greve começou na quinta-feira dia 20 quando, durante assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos, praticamente 100% dos quatro turnos da empresa decidiram cruzar os braços para exigir reajustes salariais superiores a 10%.

“Os 10% é o índice que o grupo 8 da Fiesp [do qual a YKK faz parte] oferece de reajuste no estado. Mas pela produtividade local e pela falta de respeito da direção da fábrica local, os trabalhadores exigem mais”, afirma João de Moraes Farani, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e diretor da Federação estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM).

Proposta e polícia
Na sexta-feira, a empresa chegou a oferecer entre 11% e 12% de reajuste salarial, mas insistia em descontar as horas que os trabalhadores ficaram parados para exigir a proposta. Devido à insistência em penalizar os trabalhadores pelo movimento, a proposta patronal foi rejeitada em assembleia de trabalhadores na porta da fábrica.

Ainda na sexta, a presença de forte aparato da PM na porta de fábrica, as ofensas desferidas pelo sargento Marcheto ao vereador Izídio e a detenção do sindicalista Valdeci Henrique, agravaram a insatisfação dos funcionários, que permaneceram em greve. CLIQUE AQUI PARA LER MATÉRIA SOBRE DETENÇÃO

Retirada de proposta
Nesta segunda-feira, 24, a YKK retirou a proposta feita dias antes e foi acusada pelo Sindicato de não ter capacidade de negociação. “Para mim o negociador da empresa não tem competência. O papel dele seria resolver o impasse. Mas a truculência e a retirada da proposta só aprofundam o conflito trabalhista”, afirmou o presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva, durante assembleia na fábrica na tarde desta segunda, dia 24.

Hoje, um representante da empresa — acompanhado por um segurança com arma de fogo — se deslocou até o local da assembleia, no estacionamento da YKK, para tirar fotos da equipe de imprensa do Sindicato que estava fazendo a cobetura da assembleia, numa tentativa de intimidar os profissionais.

Ao final da assembleia, os trabalhadores deixaram a porta da fábrica com o compromisso de se reunirem no mesmo local na madrugada desta terça, dia 25, para definirem os rumos do movimento.

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