No início deste mês o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevistas que iria colocar a Reforma da Previdência em votação no plenário no próximo dia 24. Porém, a pressão de eleitores sobre os parlamentares de suas regiões e os atos públicos de abril e maio mudaram a opinião de muitos deputados. Como o governo Temer não tem certeza da aprovação da reforma, instruiu Maia a adiar a votação.
Temer precisa de 308 votos entre os 513 deputados para aprovar a reforma em primeiro turno na Câmara. Hoje, segundo analistas do Congresso, os governistas contabilizam apenas 82 votos “fiéis” à proposta. Outros 225 são publicamente contrários à reforma.
O governo vêm tentando angariar os votos de 206 deputados que ainda não assumiram posição a respeito da proposta de reforma. Para conquistar os indecisos, Temer vem fazendo distribuição de recursos públicos na forma de emendas parlamentares e renegociação de dívidas de estados e municípios, além de farta propaganda na mídia.
Compra de votos
Somente em recursos para que parlamentares favoráveis à reforma possam agradar suas bases eleitorais anunciando o início de obras, o governo deve liberar R$ 1,9 bilhão até o final de ano.
“A ofensiva de Temer está se tornando uma compra de votos descarada. Bilhões de reais em recursos públicos estão sendo gastos para forçar a aprovação de uma reforma que pretende tirar o direito à aposentadoria da população”, denuncia Izídio de Brito, dirigente do Smetal.
A direção do Smetal orienta a categoria e seus familiares a procurarem os deputados da região e exigirem deles que votem contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer. Confira nesta página os nomes e contatos dos deputados eleitos pela Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).