Exclusão social, drogas e prisão é o tema da mesa redonda que acontece nesta quinta-feira, dia 18, às 19h, no auditório da Escola Municipal Getúlio Vargas, que fica na avenida Eugênio Salerno.
Três debatedores são ex-presidiários que se tornaram escritores e educadores sociais, como Adriano de Camargo que publicou “Pedagogia do Comprometimento: uma metodologia de trabalho socioeducativo com a população de rua na região central de São Paulo”. Ele foi morador de rua e atualmente, é membro da Abramd (Associação Brasileira de Estudos sobre drogras).
Luis Alberto Mendes também compartilhará seu aprendizado e sua trajetória ao público do evento. Ele saiu da casa dos pais aos 12 anos, viveu nas ruas, praticou crimes, foi torturado sistematicamente e em livro buscou compreender sua vida. Ele conta seu percurso em forma de narrativa na obra “Memórias de um sobrevivente” (Cia das Letras), que escreveu durante o tempo que esteve preso. Atualmente, ele promove oficinas de leitura e escrita em penitenciárias de São Paulo.
Já Paulo Milhan, que confessa ter entrado para o crime por vaidade – para ter o que não podia comprar – é autor de “Prelúdio da Liberdade”, de mais de 400 páginas e busca incentivar a paixão pelo conhecimento por meio de sua Editora Milhan, que fica em Sorocaba.
O outro debatedor é o antropólogo e pós-doutorando em Saúde Coletiva, Ygor Diego D. Alves.
O evento
A ideia de promover a mesa redonda partiu do diretor da escola, José Adão Neres de Jesus, que deu aulas por 16 anos no sistema prisional e que entrou em contato com diversas histórias de vida e de superação.
A mediação do evento será feito pelo diretor presidente do Instituto Neotrópica Educação e Ciências Aplicadas, Marco Aurélio Oliveira.
O evento é aberto ao público em geral e a entrada é gratuita. O auditório Pedro Salomão José, da escola Getúlio Vargas, fica na avenida Eugênio Salerno, 298, bairro Santa Terezinha.