Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (8), o Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba e Região (Sindirefeições) decidiu suspender a greve das merendeiras que atuam nas escolas da rede municipal. A greve havia sido iniciada na manhã de ontem, em virtude do atraso no pagamento dos salários por parte da ERJ Administração e Restaurantes de Empresas, responsável pela distribuição da merenda no Município.
A decisão pela suspensão da paralisação ocorreu depois que a direção do Sindirefeições foi notificada da liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou que pelo menos 70% das merendeiras em greve cumpram carga horária de trabalho nas escolas e Centros de Educação Infantil da rede municipal. Caso não cumpra a liminar, o Sindirefeições terá de pagar uma multa diária de R$ 1 mil por trabalhador.
Uma nova assembleia está marcada para o próximo dia 14 de abril para que seja feita uma nova definição sobre o movimento. Participaram da assembleia cerca de 150 merendeiras. A decisão sobre a suspensão da greve não agradou a todos e um grupo de merendeiras contrária ao fim da mobilização disse que não retornaria ao trabalho, apesar da orientação do sindicato. A direção do Sindirefeições não soube informar quantas merendeiras compareceram hoje ao local de trabalho.
Apesar do pagamento dos salários referentes ao mês de março já ter sido normalizado pela empresa, o sindicato informou que a multa de R$ 83, referente ao atraso no pagamento, previsto em acordo coletivo, ainda estaria pendente para alguns dos trabalhadores.
Rompimento de contrato
Na tarde de ontem, o secretário da Educação José Simões informou que estuda romper o contrato com a ERJ Administração e Restaurantes de Empresas, responsável pela distribuição da merenda. Para isso, abriu um processo sancionador contra a empresa.
O secretário informou que na próxima segunda-feira apresentará os desdobramentos do processo e mais detalhes do que a Prefeitura está querendo para o futuro processo licitatório. Ele já adiantou que não será uma única empresa a administrar a merenda da rede municipal de ensino.
Segundo ele, as escolas e Centros de Educação Infantil estarão divididos em três regiões, de forma que diferentes empresas atendam a este serviço e a Prefeitura corra menos riscos com paralisações de merendeiras por falta de pagamento da empresa. “Nós estamos rigorosamente em dia com todos os pagamentos, inclusive com antecipação. O governo não está inerte. Temos solicitado, articulado entre a empresa prestadora de serviço, todas as ações que podermos fazer para que ela possa cumprir com suas obrigações. De mesmo modo, eu tenho recebido as funcionárias terceirizadas e sido o mediador desse processo. Portanto, nós estamos empenhados em resolver”, afirmou. (Com informações de Giuliano Bonamim)