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Saúde

Centro de Monitoramento da zona norte é aprovado para iniciar atendimento

Os voluntários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias pretendem iniciar na sexta, dia 3, as operações de um novo Centro de Monitoramento da dengue na Zona Norte de Sorocaba

Imprensa SMetal

Os voluntários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons) pretendem iniciar na sexta-feira as operações de um novo Centro de Monitoramento da dengue. O espaço funcionará no número 5.555 da avenida Itavuvu, numa área de 500 metros quadrados que já foi visitada e, segundo membros da igreja, aprovada por representantes da Secretaria de Saúde para abrigar o serviço. Uma reunião marcada para hoje deve definir os detalhes sobre o funcionamento da unidade.

Segundo Eugênio Rocha, diretor de mídia da igreja, o espaço possui uma ótima infraestrutura para abrigar um Centro de Monitoramento, com ar condicionado, banheiros, bebedouros e cadeiras. Voluntários atuarão no trabalho administrativo, mas a equipe médica será definida pela Secretaria de Saúde. “É possível que consigamos, também, dois médicos voluntários e alguns enfermeiros”, disse Eugênio. Até a tarde de ontem nenhum trabalho de adequação do espaço estava sendo feito. “Nós, da igreja, estamos prontos para que tudo comece a funcionar na sexta.” A Secretaria Municipal de Saúde não confirmou se o local irá atender aos doentes ainda esta semana. Em nota, o Setor de Comunicação informou que o secretário da saúde, Francisco Antônio Fernandes, falará sobre o assunto apenas na coletiva de imprensa sobre a dengue, marcada para amanhã, uma vez que ainda faltam definições sobre o assunto.

Desafogar

Um novo Centro de Monitoramento na zona norte tem sido cobrado, pela população, para desafogar o atendimento no espaço que já funciona na zona leste e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nos bairros, responsáveis por realizar o acompanhamento dos diagnosticados com dengue. Segundo pacientes ouvidos pela reportagem, a dificuldade maior é sentida aos finais de semana e feriados, quando apenas duas UBSs ficam abertas. Foi o que aconteceu com Marlene Lopes Rodrigues, 43 anos, que na tarde de ontem acompanhava a filha Amanda Lopes, 14, com dengue, pelo quarto dia no Centro de Monitoramento. Moradora do Barcelona, ela conta que gostaria de fazer o acompanhamento na UBS mais perto de casa. “Mas foi feriado na sexta, só aqui estava aberto, e no sábado e domingo também. Acho que todos os postinhos deveriam abrir aos finais de semana nessa situação, assim não sobrecarregava um lugar só.”

Nadia Corsato Medeiro, 56 anos, acompanhava o marido doente, Oscar Medeiro, 58, depois de atravessar a cidade do Lopes de Oliveira até a Vila Hortência. “Levamos quase uma hora. Como as plaquetas dele baixaram muito, mandaram para cá.” Roselei Benedito dos Santos, 39, também foi encaminhada para o Centro de Monitoramento depois de ter a dengue diagnosticada na UBS do Jardim Maria do Carmo. “Me falaram que lá tinha muita gente e pouco médico. Vim de carona e quando for liberada tenho que pedir para que alguém venha me buscar.” Alexia Calia, 17, sentiu o quadro de dengue piorar e também foi atrás de uma carona para levá-la do Parque São Bento à zona leste. Em companhia da avó, Aparecida de Fátima, 56, ela esperava pois dizia confiar que no Centro teria um melhor atendimento.

Voluntariado

Além do espaço para a implantação de mais um Centro de Monitoramento, os mórmons ofereceram à Prefeitura mão-de obra voluntária que já começou a trabalhar ontem. Jovens passaram a ocupar as salas de espera das unidades para o acolhimento dos pacientes, observação de casos mais graves e, principalmente, para oferecer água e soro para que os doentes se hidratem adequadamente. “Nós estamos no mundo para ajudar uns aos outros. Se Jesus Cristo estivesse aqui hoje, faria isso”, comentou Luis Henrique dos Santos.

Um grupo de 40 voluntários por dia também começou a auxiliar na digitação de dados das fichas dos pacientes notificados no sistema eletrônico do Ministério da Saúde.

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