Brasil e México estão negociando um novo acordo automotivo. O atual termina em 15 de março e se outro não for criado, valerá por regra o livre comércio, algo defendido pelos mexicanos e evitado pelos brasileiros.
O Brasil quer mesmo é um novo acordo por mais dois ou três anos, mas a preferência seria por cinco anos. Além disso, tenta incluir na mesa de negociações a entrada de caminhões e ônibus no comércio bilateral.
Sem imposto de importação, os caminhões brasileiros entrariam com vantagem no México. No entanto, o setor de transporte americano não está muito bom e um grande número de veículos comerciais usados têm entrado no país latino com preços muito baixos. Em tese, o produto nacional não teria como competir.
Além disso, no caso dos ônibus, o maior fabricante nacional – a gaúcha Marcopolo – possui fábrica no México e em caso de liberação de impostos, acabaria concorrendo ela mesma naquele país. Então, a questão dos comerciais, que beneficiariam teoricamente o Brasil ainda precisa ser bem estudada.