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Editorial

Palavra da Diretoria – Desafios urgentes da CUT

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, foi enfático esta semana ao afirmar que os sindicatos devem resgatar sua participação mais contundente nos rumos da sociedade na vivem e da qual dependem

Imprensa SMetal

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, foi enfático esta semana ao afirmar que os sindicatos devem resgatar sua participação mais contundente nos rumos da sociedade na qual vivem e da qual dependem os trabalhadores e trabalhadoras por ela representados.

A análise de Vagner sobre o papel e os desafios do sindicalismo, a partir de agora, foi o destaque da reunião ampliada da Direção Executiva da CUT, nesta terça-feira, dia 11.

O dirigente ressaltou que a participação social dos sindicatos é uma condição indispensável para as entidades ampliarem sua representatividade e conquistarem relevância diante da opinião pública.

A recomendação é para que os sindicatos da CUT passem a interagir com os trabalhadores em diferentes aspectos da vida deles, inclusive fora do horário de trabalho.

Essa participação cidadã não significa, de forma
nenhuma, negligenciar as negociações e as lutas corporativas por melhores salários, condições de trabalho e ampliação de direitos.

Para Vagner, é possível e desejável que os embates trabalhistas estejam sintonizados com os cenários políticos e econômicos da cidade, do estado e do país.

Pois esse grau de consciência política da luta sindical aumenta as chances de conquistar vitórias duradouras para os trabalhadores, independente de qual seja o partido do governante.

O discurso de Vagner indica que a central vai orientar os sindicatos a sempre associar as questões trabalhistas (como salário, jornada e saúde) aos temas políticos que estão em pauta na sociedade; e dos quais o trabalhador depende para ampliar seus direitos dentro e fora da fábrica.

Para o dirigente da CUT, os sindicatos não devem ter vergonha de politizar os debates com a categoria, no sentido de esclarecer o que é política, como forma de organização social histórica, e qual sua importância na rotina do trabalhador.

O sindicato deve explicar como o perfil e o partido do governante indicam quais as políticas públicas que ele vai implantar caso seja eleito. Também é papel do dirigente sindical esclarecer que as políticas públicas influenciem até nos reajustes conquistados nas campanhas salariais.

As orientações do dirigente tiveram como base uma declaração do ex-presidente Lula, que participou da reunião. Lula disse que os sindicatos muitas vezes deixam de associar a imagem da instituição sindical às transformações sociais que eles mesmos ajudaram a construir.

Afinal de contas, muitas das políticas sociais e de desenvolvimento implantadas nos últimos 12 anos por Lula e Dilma são resultado de debates travados pela CUT desde a década de 80.

Caso as recomendações de Vagner sejam adotadas pelas entidades filiadas à central, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região está em estágio avançado de implantação da medida. O sindicalismo cidadão, lançado pelos metalúrgicos de Sorocaba em 1992, trata justamente disso: organizar os trabalhadores e ser o porta-voz deles não apenas na fábrica, mas também na sociedade.

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