O Sindicato dos Metalúrgicos tem realizado assembleias diárias nas fábricas da categoria para tratar de questões como a participação nos resultados e a campanha salarial, além das demandas específicas dos trabalhadores de cada empresa.
As assembleias de preparação para a campanha salarial têm especial importância porque a data-base dos metalúrgicos da CUT, à qual o SMetal é filiado, é dia 1º de setembro. Embora a data possa parecer distante, é fundamental haver mobilização da categoria desde já.
Temos que forçar os empresários a acelerar as negociações da campanha salarial, pois 2014 é um ano atípico. Temos a Copa do Mundo, já em andamento, e as eleições no final de ano.
Principalmente as eleições do final de ano tendem a se tornar argumento para alguns empresários tentarem barrar avanços salariais.
Não são poucos os patrões que usam o sensacionalismo da mídia pessimista, que anda cavando notícias ruins, para alegar “impossibilidade de atender às reivindicações da categoria”.
Existe muita pressão e especulação jogando para baixo as perspectivas econômicas do segundo semestre para tentar atingir a popularidade da presidenta Dilma Rousseff.
Nesses casos, além de criar um clima ruim entre investidores e consumidores, com o objetivo de atingir o governo federal, as notícias que pregam o caos servem de argumento aos representantes patronais para emperrar as campanhas salariais em todo o Brasil.
A verdade tem que ser dita, claro. Mas as pautas “forçadas” para mostrar cenários negativos têm sido cada vez mais evidentes. A própria Copa do Mundo de futebol foi tratada com extremo pessimismo, mas agora alguns órgãos de imprensa estão tendo que voltar atrás e reconhecer que o campeonato está melhor do que as expectativas.
Com a economia, já teve início um movimento idêntico, da busca frenética por notícias ruins, e pode se aprofundar quando acabar o torneio mundial. Quaisquer problemas de determinados setores da economia pode se tornar um anúncio de fim do mundo nas mãos de veículos de comunicação que trabalham contra a presidenta Dilma.
Por outro lado, há várias empresas do setor estão prosperando e, ao invés de reclamar, estão ampliando a produção e até, no caso da Ecil, em Piedade, abrindo nova turma de trabalho e procurando profissionais do mercado. Mas essas notícias não têm tanto apelo para alguns jornais quanto a previsão de desgraça.
O Sindicato dos Metalúrgicos, como sempre, já se colocou à disposição de empresas que, comprovadamente, estejam passando por alguma dificuldade. A ideia sempre é encontrar opções antes de se pensar em demissões. Essa sempre foi a postura do Sindicato, independente de quem está no governo.
Mas o Sindicato também não vai se deixar ludibriar por alarmes falsos. Vamos lutar pela valorização dos metalúrgicos nesta campanha salarial. Mas contamos com o apoio de todos para isso.
