Após a greve dos trabalhadores da Santa Casa de Sorocaba, devido atraso no pagamento de salários, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal voltou a pedir à Prefeitura, nesta terça-feira, dia 14, que assuma a gestão do Pronto Socorro do Hospital, que atende os casos de emergência pelo SUS.
Há quase um ano, em fevereiro de 2013, os vereadores que integram a comissão já haviam feito esse pedido ao Executivo, com base em reclamações da população que se acumulavam desde a gestão do ex-prefeito Vitor Lippi (PSDB).
Na ocasião do primeiro pedido de intervenção, o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (também do PSDB) afirmou que confiava no diálogo com a direção hospitalar para resolver os problemas que já prejudicavam o atendimento à população.
Os problemas, no entanto, continuaram, atingindo inclusive o setor de convênios do hospital. Segundo o Sinsaúde, muitos médicos e outros profissionais de saúde estão se desligando da instituição devido aos atrasos de salários.
Repasse antecipado
Em dezembro, para evitar uma greve por falta de pagamento do 13º salário, a Prefeitura adiantou R$ 1,7 milhão do repasse mensal de R$ 5 milhões que faz ao hospital. Do total antecipado à instituição em dezembro, R$ 385 mil vieram do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na última segunda-feira, dia 13, a Prefeitura voltou a fazer uma antecipação de repasse, desta vez de R$ 903 mil, ao hospital para tentar encerrar a greve de funcionários, iniciada na mesma data devido à falta de pagamento de salários.
A greve só foi encerrada no início da noite desta terça-feira, dia 14, após os trabalhadores constatarem que os salários atrasados foram depositados em suas contas bancárias.
A comissão de saúde da Câmara, que pediu a intervenção, é presidida pelo vereador Izídio de Brito (PT) e é composta também pelos vereadores Pastor Apolo (PSB) e Fernando Dini (PMDB).