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Fim da greve

Expectativa é de relacionamento melhor entre a Toyota e os trabalhadores

A expectativa do Sindicato, após a greve e a aprovação do acordo na Toyota, após 17 dias de greve, é que a empresa dê mais atenção a futuras reivindicações dos trabalhadores e a problemas internos

Imprensa SMetal
Paulo Andrade/Imprensa SMetal

Após aprovação de acordo, no final da tarde do dia 18, metalúrgicos em greve voltam vitoriosos para o trabalho devido à conquista coletiva

A expectativa do Sindicato, após a greve e a aprovação do acordo na Toyota, após 17 dias de greve, é que a empresa dê mais atenção a futuras reivindicações dos trabalhadores e também a problemas internos que vinham ocorrendo há tempos sem solução.

A negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e empresa, que resultou no acordo aprovado, durou três dias, teve participação do presidente da Toyota na América Latina e Caribe, Steve St Angelo, e só foi concluída na madrugada do dia 18, horas antes da realização da assembleia.

“Acho que amadurecemos todos com esse movimento, a empresa, o Sindicato e os trabalhadores. Considero que o movimento foi vitorioso, inclusive para a Toyota, que pode planejar o futuro com a segurança de que as reivindicações básicas e mais urgentes dos trabalhadores estão definidas”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato.

“Muitos na fábrica são jovens e participaram de sua primeira greve. Mas quem fizer carreira na Toyota vai se lembrar desse movimento e poderá dizer, no futuro, que ele participou da luta pela conquista dos avanços que ainda serão usufruídos pelos novos funcionários daqui a muitos anos”, avalia Terto.

Problemas com a chefia

João de Moraes Farani, vice-presidente do Sindicato em Sorocaba e diretor da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) afirma também que a empresa ainda precisa dar mais atenção ao relacionamento de chefes e supervisores com os demais trabalhadores. “Falta diálogo e sobra assédio moral por parte de representantes da Toyota que se relacionam diretamente com os funcionários. Essa situação, somada à pauta de reivindicações reprimida, fez surgir a greve”.

Farani também afirma que a ergonomia é outro tema que deve ser objeto de negociação com a empresa. “Chegam ao sindicato muitas reclamação de dores devido ao ritmo, à repetição de movimento e à postura física exigida pelo trabalho. Não queremos que os trabalhadores da Toyota tenham doenças ocupacionais no futuro. Mas, para isso, a empresa precisa tomar providências agora”.

“Queremos que a Toyota invista em Sorocaba, amplie sua planta, aumente a produção, venda mais carros. Mas queremos também que ela gere empregos de qualidade e saiba se relacionar melhor com o movimento sindical, pois o sindicato não vai deixar de lutar pelo interesse dos trabalhadores em primeiro lugar”, ressalta Alex Sandro Fogaça, outro dirigente do sindicato que participou da coordenação da greve e das negociações.

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