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Paralisação

Greves continuam na Toyota e na Flextronics

Os metalúrgicos da Toyota e Flextronics decidiram, em assembleias nesta segunda, dia 14, que continuam em greve até que as empresas apresentem propostas de acordo que atendam às suas expectativas

Imprensa SMetal
Felipe Shikama/Imprensa SMetal
Trabalhadores da Toyota estão em greve há 13 dias

Trabalhadores da Toyota estão em greve há 13 dias

Os metalúrgicos das empresas Toyota e Flextronics decidiram, em assembleias na manhã desta segunda-feira, dia 14, que continuam em greve até que as empresas apresentem propostas de acordo que atendam às suas expectativas. Na Toyota os trabalhadores reivindicam aumento do piso salarial, reajuste do adicional noturno e vale-compra. Na Flextronics, os funcionários querem aumento do patamar do Programa de Participação nos Resultados (PPR) pago pela empresa.

O Sindicato dos Metalúrgicos está em contato com as empresas para retomar as negociações.

A paralisação na montadora de veículos Toyota já dura 13 dias. Na Flextronics, fabricante de produtos eletrônicos, os trabalhadores estão em greve há cinco dias. Juntas, as duas fábricas empregam seis mil funcionários, 1.500 na Toyota e 4.500 na Flex.

Propostas rejeitadas

Na Toyota, os trabalhadores rejeitam, na quarta-feira da semana passada, a única proposta oferecida pela empresa desde o início da paralisação, no dia 2.

A montadora propôs elevar o piso salarial de R$ 1.560 para 1.654, com aplicação retroativa a 1º de setembro; prometeu fornecer vale-compra a partir de janeiro de 2014, mas sem especificar valor; e reajustar o adicional noturno de 20% para 25% a partir de abril de 2014.

Todos os funcionários teriam estabilidade no emprego até junho de 2014. A proposta foi rejeitada por 80% dos trabalhadores.

Já a Flextronics, onde o problema é a participação nos resultados, a empresa vinha oferecendo R$ 2 mil de PPR, sendo R$ 1.300 na primeira parcela, paga em outubro. A segunda parcela seria paga em abril de 2014.

Nesta segunda-feira, os trabalhadores rejeitaram a segunda proposta apresentada pela empresa desde o início da paralisação e mantiveram a greve. A proposta previa R$ 2.100 de PPR, sendo R$ 1.700 referentes à primeira parcela. As datas de pagamento permaneceram iguais à proposta anterior, outubro e abril.

De acordo com o Sindicato, além do valor total do PPR ser considerado baixo, os trabalhadores da Flextronics perderam a confiança na empresa no que diz respeito ao pagamento da segunda parcela.

“No ano passado, a previsão de PPR era de R$ 1.800. A empresa pagou R$ 1.250 de antecipação. Quando chegou a hora da segunda parcela, cada funcionário recebeu cerca de R$ 14. Isso porque, as metas impostas pela Flex são muito absurdas. Temos que mudar isso”, explica Kátia Silva Lucas, funcionária da Flextronics e diretora do Sindicato.

Metalúrgicos da Flextronics rejeitaram nova proposta apresentada pela empresa (Foto: Paulo de Andrade)

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