A Direção Executiva da CUT em reunião ampliada, nos dias 23 e 24 de julho, em São Paulo avaliou o atual cenário político brasileiro em que as manifestações populares de junho trouxeram uma nítida exigência de melhoria das políticas públicas (transporte, saúde e educação), bandeira histórica que a Central vem levantando há muito tempo. As manifestações também colocaram no centro do debate a urgência de mudanças estruturais na sociedade e no sistema político brasileiro. “Consideramos essas mudanças, que incluem o plebiscito sobre a reforma política, a democratização da mídia, a reforma tributária, a promoção do Estado laico, fundamentais para o avanço e consolidação do projeto de desenvolvimento democrático-popular que vem sendo construído no país nos últimos dez anos”, afirma nota da Central.
Segundo a Executiva, as manifestações que iniciaram em 6 de março, com a entrega da pauta da classe trabalhadora ao Congresso e ao governo, e depois nos 4 e 11 de julho em todo o País. “Fizemos uma avaliação muito positiva desse dia de luta, com destaque para os seguintes pontos: a realização de manifestações em todo o Brasil, dando um caráter nacional ao movimento; a ação unitária com as demais Centrais Sindicais, a articulação com os movimentos sociais e a popularização de nossa pauta, embora a mídia que divulgou amplamente as manifestações tenha tentado, em seguida, desqualificá-las procurando diminuir sua importância”, destaca.
6, 13 e 30 de agosto
Neste sentido, a Direção Executiva deliberou sobre a realização de ações contra o Projeto de Lei 4330 no dia 6 de agosto e no 13 de agosto – dia provável da votação do PL, quando será realizada uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. Para o 30 de agosto, Dia Nacional de Paralisação, a CUT reforçará a visibilidade da pauta comum do sindicalismo brasileiro:
– Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
– Fim do fator previdenciário;
– 10% do PIB para a Educação;
– 10% do Orçamento da União para a Saúde;
– Transporte público e de qualidade/mobilidade urbana;
– Valorização das Aposentadorias;
– Reforma Agrária;
– Suspensão dos Leilões de Petróleo;
– Contra o PL 4330, sobre Terceirização.