Barros Monteiro e Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba iniciaram uma negociação na tarde desta sexta-feira, dia 10, para tentar chegar a um acordo que atenda às expectativas dos trabalhadores e ponha fim a uma greve iniciada na última terça, dia 7. A empresa apresentou uma proposta que será levada pelo Sindicato a uma assembleia de funcionários na manhã de segunda-feira, dia 13. Até lá, a produção permanece parada.
Os trabalhadores da Barros Monteiro, metalúrgica instalada em Sorocaba, estão insatisfeitos porque a empresa aumentou o desconto do convênio médico no holerite em 50%. Além disso, a direção da fábrica anunciou que os familiares dos funcionários que vierem a ser contratados pela empresa de agora em diante não terão mais direito ao convênio.
Segundo o Sindicato, além do desconto do plano de saúde, outro fator que motivou a greve foi a falta de um Programa de Participação nos Resultados (PPR) para este ano.
Proposta da empresa
Na reunião desta sexta-feira, Barros Monteiro propôs ao Sindicato construir uma agenda de negociações sobre o convênio médico e sobre o PPR. Caso a proposta seja aceita pelos trabalhadores, os dias de greve não serão descontados dos salários.
Mas quem vai decidir se a proposta é aceitável ou não são os próprios trabalhadores, em assembleia sindical que será realizada na segunda-feira às 7h, em frente à empresa.
“A assembleia na segunda vai decidir se dá esse voto de confiança para a empresa ou se mantém a greve”, explica o diretor do Sindicato Marcos Roberto Coelho, o Latino.
Apoio de vereador
O vereador petista e metalúrgico Izídio de Brito esteve na porta da Barros Monteiro na manhã de hoje para prestar solidariedade ao movimento dos trabalhadores.
A Barros Monteiro fabrica desvios para trilhos de trem, tem 110 funcionários e recentemente foi adquirida pela multinacional Vossloh Cogifer, de capital alemão.
A fábrica está instalada na avenida Comendador Pereira Inácio, em Sorocaba.